sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Reunião de Supervisão Biblioteca Viva no Parque da Juventude
Denominada Parque Institucional - nesta área estão as escolas técnicas profissionalizantes, inclusão digital, a Biblioteca Guita e José Mindlin e Biblioteca Espaço Dráuzio Varella.
O encontro de supervisão da PBV foi realizado dia 10 de setembro, às 8h30 na Biblioteca *Guita e José Mindlin “Estação do Conhecimento” antes de ser inaugurada. É um espaço muito interessante para atrair o público em geral, os mobiliários muito bonitos com pufes coloridos para fazer uma leitura prazerosa ou mesmo ouvir CDs de músicas de diversos estilos, desde os grandes nomes que fizeram a história da Bossa Nova, como MPB e cultura popular, infantis entre outros. Estavam presentes, aproximadamente, 21 organizações sociais.
*Guita e José Mindlin compartilharam ao longo da vida a paixão pelos livros, que levou o casal a formar uma das mais importantes bibliotecas privadas do país, que Mindlin começou a formar aos 13 anos e chegou a ter 38 mil títulos. Em maio de 2006, o casal fez a doação de cerca de 15 mil obras da Biblioteca Brasiliana para a USP. No conjunto doado à USP, constam obras de literatura, história, sociologia, poesia. Dentre as raridades estão documentos do século XVI com as primeiras impressões que padres jesuítas tiveram do Brasil, jornais anteriores à Independência e manuscritos que resgatam a gênese literária de grandes obras, como Sagarana (de Guimarães Rosa) e Vidas Secas (de Graciliano Ramos). Fonte: http://www.academia.org.br
Bom Dia Rede! A educadora Isabel leu um trecho do livro “Os Jovens e a Leitura” de *Michele Pétit.
Michèle Petit é antropóloga, pesquisadora do Laboratório de Dinâmicas Sociais e Recomposição dos Espaços, do Centre National de la Recherche Scientifique, na França, e tem obras traduzidas em vários países da Europa e da América Latina. Ela participou do Encontro Internacional Literatura E Ação Cultural, lançou o livro “Os Jovens E A Leitura”, julho/2008 – Sesc-Pinheiros-SP.
Em seguida no Bom Dia Rede! ficou instituído assim porque todo encontro antes de começar é reservado esse momento a reflexão e a nossa prática, o momento do Prof. Edmir Perrotti da USP e da Fundação Abrinq representada pela Elisângela e Renata darem os seus recados através de avisos e comunicados de interesse do PBV – Programa Biblioteca Viva. Ele parabenizou a equipe que vem se reunindo desde o segundo semestre do ano passado e formando a rede como espaço de reflexão e difusão da leitura. E poder externar a sua alegria ao nosso reencontro num local repleto de significados e a satisfação de passarmos juntos algumas horas numa Biblioteca antecipando a inauguração. A Biblioteca será inaugurada no dia 16/09/08 às 12h40.
Por volta das 10h00, podíamos avistar pela janela de vidro, dezenas de jovens fazendo intervalo e a distância eles nos observavam sorridentes.
Estação Memória - Enquanto, apreciávamos a bela juventude, o professor Edmir Perrotti reavivou a nossa memória e a reflexão daquele espaço por onde os jovens circulavam - ao invés de ser um belo jardim interno - é um grande quadrado cheio de areia com alguns paralepípedos espalhados pelo chão (no tamanho natural de pessoas adultas). O local refere-se à memória das centenas de presidiários mortos num incêndio provocado por uma rebelião em confronto com 120 policiais, no dia 2 de outubro de 1992, onde morreram 111 presidiários e mais de 120 ficaram feridos. Na época causou grande repercussão internacional.
“Hoje este espaço é voltado para a celebração da vida, à beleza da cultura, à beleza do conhecimento. É realmente sagrado ao invés da celebração da morte. Os arquitetos estão de parabéns e foram felizes na reconfiguração da arquitetura, pois ao invés fazer um jardim tradicional, encheram de pedriscos e areia para lembrar que naquele lugar (pátio onde estavam os jovens) é onde ficaram os corpos enfileirados e jogados. Quem patrocinou o Espaço foi a Fundação Volkswagen e o Instituto Paula Souza”. O prof. Edmir pegou da estante, um livro de poesias de Fernando Pessoa e fez a leitura de uma parte do longo poema, que registramos para apreciação de todos.
Leitura: Poesias
Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu (braço)
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste
Senti ou não?
Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido,
Mas tão de leve...
Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há uma coisa
Incompreendida...
Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve num ritmo
Novo no espaço?
Como se tua mão,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etério,
Que nem soubesses
Que tinha ser.
Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.
Fonte: PESSOA, Fernando. Poesias. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, v. 21, p. 121-122.
10h30 às 11h00 - Parada para o lanche coletivo, toalete e conversas.
Após o lanche o prof. Edmir convidou o grupo para participar da inauguração da biblioteca dia 20/10/08 na Comunidade de Paraisópolis, uma parceria da USP com a Einstein Comunidade – Hospital Albert Einstein. Provavelmente o Projeto Arrastão poderá ir porque fica muito próximo. E o próximo encontro de Supervisão ficou marcado para o dia 21/10 com a presença de Max Butlen, do Instituto Nacional de Pesquisas Pedagógicas, de Paris. Trata-se uma oportunidade única de poder dialogar e ouvir a palestra do especialista francês, considerado uma referência na França no circuito da leitura e das bibliotecas. Imperdível!
O prof. Edmir nos lembrou que a Toninha se aposentou como Supervisora de Ensino e trabalha há 15 anos como voluntária na USP além de uma jovem mestranda que estão envolvidas neste espaço com a biblioteca. Ficou do professor “fechar” com os responsáveis dos próximos encontros de supervisão serem realizados na Biblioteca Guita e José Mindlin devido a facilidade para todos que pegam trem, metrô e apesar da distância é de fácil acesso. Todos concordaram prontamente.
Apresentação dos Projetos do PBV
O Centro Social Parelheiros Avental de Histórias – uma idéia original porque os personagens estão no avental de cozinha. A educadora vai tirando os personagens do bolso e enquanto vai contando histórias para bebês de 2 anos, ela vai compondo o cenário no próprio avental, por exemplo, a avó em sua casa dando orientações ao Chapeuzinho Vermelho, tanto a avó como a menina Chapeuzinho saem do bolso e depois são fixados no aventa. As crianças vão construindo as imagens com a oralidade. Histórias infantis como: “O Chapeuzinho Vermelho” e os “Três Porquinhos”, “O Grande Urso Esfomeado”, “Bruxa, Bruxa”, enfim os personagens são feitos manualmente como os cenários do avental que vão parar no bolso. Trata-se de um estilo diferente de contação de histórias e uma forma de prender a atenção dos bebês que geralmente são inquietos.
O Conto que as Caixas Contam - Elas relataram que fizeram a Feira do Livro com a doação da Biblioteca Viva onde as crianças puderam manusear e ler as imagens à vontade e é feito à mediação de leitura. As 100 crianças fazem a exploração do caminho da Creche através de pequenos passeios e vão apreciando tudo pela frente até chegarem ao Espaço de Leitura. Para a apresentação, uma das educadoras, leu o livro “Marcelo, Marmelo” de Ruth Rocha.
Segundo as educadoras do Centro Social de Parelheiros, a região de Parelheiros é muito distante do Centro, recuada num bairro cercado de muitos sítios e chácaras, praticamente, as famílias e as crianças não possuem áreas de lazer de natureza cultural. Portanto, as ações costumam ser um sucesso. As crianças estão exigentes e já sabe distinguir livros de histórias de qualidade como o acervo que a Fundação Biblioteca Viva doou e perderam o interesse dos livros de qualidade inferior. Fomos presenteados com um singelo marcador de livros feito manualmente com mensagens do Monteiro Lobato.
O Espaço da Biblioteca não poderia ser mais propício porque foi em cima de um pequeno palco adaptado como um teatro infantil e por trás da cortina vermelha muito semelhante as cortinas dos grande teatros, ficam o acervo de CDs e livros em exposição, então todo o espaço físico foi planejado para múltiplas atividades que atendam o público infanto-juvenil e adulto. No pequeno palco é possível fazer um sarau de poesias bem como uma apresentação musical com violão e cantoria.
Apresentação EMEI Emilio Carlos – São Caetano do Sul
Ações com a Comunidade - A diretora Maristela apresentou o Projeto 1, 2, 3 Conte Outra Vez teve a participação dos pais, tias, avós que vieram contar histórias para as crianças. Um Grupo de 3ª Idade contaram histórias do Monteiro Lobato para a creche Sarau de Literatura (foi enviado convite aos pais e a comunidade do entorno). Dia dos Avós – participação das colchas de retalhos onde os personagens aparecem em forma de bordado. Nossa Biblioteca - biblioteca circulante (empréstimo de livros para as crianças e pais levarem para casa).
Instrumental PBV – A Renata teceu comentários sobre os projetos da Rede de Leitura. Por exemplo, se as crianças levam livros para casa, é um dado concreto. Só a avaliação qualitativa não se sustenta, pois o patrocinador quer números para certificar quanto investiu e qual o seu retorno.
O Prof. Edmir acrescentou que é necessário formar uma rede para potencializar as experiências e práticas fundamentadas na Literatura. Sugeriu também as organizações sociais (parceiras) fazerem relatos em forma de cartas como documentos que dão sentido às experiências vividas pelos educadores diretamente envolvidos nos projetos do PBV, as famílias e a comunidade. Além de promover a interação (a troca) destas cartas com registros documentais escritos e através das fotografias “captar um olhar poético e literário”. Criar, ao mesmo tempo, um material que seja agradável de ser lido, isto é, uma leitura que tenha algo gostoso e significativo!
O que são estações do conhecimento?
Indagou prof. Edmir. Estamos há anos lá (USP) pesquisando os espaços de apropriação cultural. A educação para a informação é uma condição indispensável. Não só os livros, mas os vários materiais de informação que nos chegam de variadas formas. Tratar bem os textos e ao mesmo tempo, estamos em falta e por excesso: nós e as crianças. Não estamos sabendo trabalhar. A estação é uma plataforma que te acolhe e leva ao conhecimento “como colo de mãe possessiva”, fazendo uma metáfora, para todas as plataformas. Neste sentido, fez uma comparação com o metrô, o passageiro chega e parte ao seu destino seja ao percurso do trabalho e ou o retorno para casa.
A Estação do Conhecimento tem essa conexão que te “acolhe” através de uma trama de uma rede com as outras instituições, ou seja, a estação é um local de aprendizagem e ao mesmo tempo informacional. Trata-se de um lugar de vivência cultural buscando aprendizagem permanente para viver, aprender, desenvolver competências e habilidades.
“Escrever textos agradáveis (prazerosos) faz com que eu cresça como pessoa, como profissional e cidadão(a). Com as nossas experiências podermos passar às outras pessoas o valor destes acontecimentos vividos e enriquecedores que é a Rede de Leitura”, enfatizou o Prof. Edmir Perrotti.
Certamente compreendemos o desejo do Mestre. Agora publicar o livro será o nosso grande desafio. Ah! Fomos visitar o outro prédio a Biblioteca “Espaço Dráuzio Varella” destinada para pesquisa e leitura, porém sem perder o ambiente agradável e moderno. Vale destacar que a estratégia de atrair o público também foi muito bem pensado pelo prof. Edmir e sua equipe antenada: mobiliários bonitos e planejados. Dá vontade de entrar e ficar sem pressa de ir embora. Isso que é usar bem o dinheiro público e privado em obras de primeira grandeza em prol da Cultura e Infoeducação.
Próximo encontro dia 21/10 – As organizações sociais farão uma apresentação de 15 minutos dos seus projetos de leitura e ação cultural: na organização, família e comunidade. Obra Social Santa Clara: 15 minutos; Projeto Arrastão: 15 minutos e Projeto Quixote: 15 minutos.
Relatado por: Neide - Arrastão
O encontro de supervisão da PBV foi realizado dia 10 de setembro, às 8h30 na Biblioteca *Guita e José Mindlin “Estação do Conhecimento” antes de ser inaugurada. É um espaço muito interessante para atrair o público em geral, os mobiliários muito bonitos com pufes coloridos para fazer uma leitura prazerosa ou mesmo ouvir CDs de músicas de diversos estilos, desde os grandes nomes que fizeram a história da Bossa Nova, como MPB e cultura popular, infantis entre outros. Estavam presentes, aproximadamente, 21 organizações sociais.
*Guita e José Mindlin compartilharam ao longo da vida a paixão pelos livros, que levou o casal a formar uma das mais importantes bibliotecas privadas do país, que Mindlin começou a formar aos 13 anos e chegou a ter 38 mil títulos. Em maio de 2006, o casal fez a doação de cerca de 15 mil obras da Biblioteca Brasiliana para a USP. No conjunto doado à USP, constam obras de literatura, história, sociologia, poesia. Dentre as raridades estão documentos do século XVI com as primeiras impressões que padres jesuítas tiveram do Brasil, jornais anteriores à Independência e manuscritos que resgatam a gênese literária de grandes obras, como Sagarana (de Guimarães Rosa) e Vidas Secas (de Graciliano Ramos). Fonte: http://www.academia.org.br
Bom Dia Rede! A educadora Isabel leu um trecho do livro “Os Jovens e a Leitura” de *Michele Pétit.
Michèle Petit é antropóloga, pesquisadora do Laboratório de Dinâmicas Sociais e Recomposição dos Espaços, do Centre National de la Recherche Scientifique, na França, e tem obras traduzidas em vários países da Europa e da América Latina. Ela participou do Encontro Internacional Literatura E Ação Cultural, lançou o livro “Os Jovens E A Leitura”, julho/2008 – Sesc-Pinheiros-SP.
Em seguida no Bom Dia Rede! ficou instituído assim porque todo encontro antes de começar é reservado esse momento a reflexão e a nossa prática, o momento do Prof. Edmir Perrotti da USP e da Fundação Abrinq representada pela Elisângela e Renata darem os seus recados através de avisos e comunicados de interesse do PBV – Programa Biblioteca Viva. Ele parabenizou a equipe que vem se reunindo desde o segundo semestre do ano passado e formando a rede como espaço de reflexão e difusão da leitura. E poder externar a sua alegria ao nosso reencontro num local repleto de significados e a satisfação de passarmos juntos algumas horas numa Biblioteca antecipando a inauguração. A Biblioteca será inaugurada no dia 16/09/08 às 12h40.
Por volta das 10h00, podíamos avistar pela janela de vidro, dezenas de jovens fazendo intervalo e a distância eles nos observavam sorridentes.
Estação Memória - Enquanto, apreciávamos a bela juventude, o professor Edmir Perrotti reavivou a nossa memória e a reflexão daquele espaço por onde os jovens circulavam - ao invés de ser um belo jardim interno - é um grande quadrado cheio de areia com alguns paralepípedos espalhados pelo chão (no tamanho natural de pessoas adultas). O local refere-se à memória das centenas de presidiários mortos num incêndio provocado por uma rebelião em confronto com 120 policiais, no dia 2 de outubro de 1992, onde morreram 111 presidiários e mais de 120 ficaram feridos. Na época causou grande repercussão internacional.
“Hoje este espaço é voltado para a celebração da vida, à beleza da cultura, à beleza do conhecimento. É realmente sagrado ao invés da celebração da morte. Os arquitetos estão de parabéns e foram felizes na reconfiguração da arquitetura, pois ao invés fazer um jardim tradicional, encheram de pedriscos e areia para lembrar que naquele lugar (pátio onde estavam os jovens) é onde ficaram os corpos enfileirados e jogados. Quem patrocinou o Espaço foi a Fundação Volkswagen e o Instituto Paula Souza”. O prof. Edmir pegou da estante, um livro de poesias de Fernando Pessoa e fez a leitura de uma parte do longo poema, que registramos para apreciação de todos.
Leitura: Poesias
Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu (braço)
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste
Senti ou não?
Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido,
Mas tão de leve...
Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há uma coisa
Incompreendida...
Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve num ritmo
Novo no espaço?
Como se tua mão,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etério,
Que nem soubesses
Que tinha ser.
Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.
Fonte: PESSOA, Fernando. Poesias. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, v. 21, p. 121-122.
10h30 às 11h00 - Parada para o lanche coletivo, toalete e conversas.
Após o lanche o prof. Edmir convidou o grupo para participar da inauguração da biblioteca dia 20/10/08 na Comunidade de Paraisópolis, uma parceria da USP com a Einstein Comunidade – Hospital Albert Einstein. Provavelmente o Projeto Arrastão poderá ir porque fica muito próximo. E o próximo encontro de Supervisão ficou marcado para o dia 21/10 com a presença de Max Butlen, do Instituto Nacional de Pesquisas Pedagógicas, de Paris. Trata-se uma oportunidade única de poder dialogar e ouvir a palestra do especialista francês, considerado uma referência na França no circuito da leitura e das bibliotecas. Imperdível!
O prof. Edmir nos lembrou que a Toninha se aposentou como Supervisora de Ensino e trabalha há 15 anos como voluntária na USP além de uma jovem mestranda que estão envolvidas neste espaço com a biblioteca. Ficou do professor “fechar” com os responsáveis dos próximos encontros de supervisão serem realizados na Biblioteca Guita e José Mindlin devido a facilidade para todos que pegam trem, metrô e apesar da distância é de fácil acesso. Todos concordaram prontamente.
Apresentação dos Projetos do PBV
O Centro Social Parelheiros Avental de Histórias – uma idéia original porque os personagens estão no avental de cozinha. A educadora vai tirando os personagens do bolso e enquanto vai contando histórias para bebês de 2 anos, ela vai compondo o cenário no próprio avental, por exemplo, a avó em sua casa dando orientações ao Chapeuzinho Vermelho, tanto a avó como a menina Chapeuzinho saem do bolso e depois são fixados no aventa. As crianças vão construindo as imagens com a oralidade. Histórias infantis como: “O Chapeuzinho Vermelho” e os “Três Porquinhos”, “O Grande Urso Esfomeado”, “Bruxa, Bruxa”, enfim os personagens são feitos manualmente como os cenários do avental que vão parar no bolso. Trata-se de um estilo diferente de contação de histórias e uma forma de prender a atenção dos bebês que geralmente são inquietos.
O Conto que as Caixas Contam - Elas relataram que fizeram a Feira do Livro com a doação da Biblioteca Viva onde as crianças puderam manusear e ler as imagens à vontade e é feito à mediação de leitura. As 100 crianças fazem a exploração do caminho da Creche através de pequenos passeios e vão apreciando tudo pela frente até chegarem ao Espaço de Leitura. Para a apresentação, uma das educadoras, leu o livro “Marcelo, Marmelo” de Ruth Rocha.
Segundo as educadoras do Centro Social de Parelheiros, a região de Parelheiros é muito distante do Centro, recuada num bairro cercado de muitos sítios e chácaras, praticamente, as famílias e as crianças não possuem áreas de lazer de natureza cultural. Portanto, as ações costumam ser um sucesso. As crianças estão exigentes e já sabe distinguir livros de histórias de qualidade como o acervo que a Fundação Biblioteca Viva doou e perderam o interesse dos livros de qualidade inferior. Fomos presenteados com um singelo marcador de livros feito manualmente com mensagens do Monteiro Lobato.
O Espaço da Biblioteca não poderia ser mais propício porque foi em cima de um pequeno palco adaptado como um teatro infantil e por trás da cortina vermelha muito semelhante as cortinas dos grande teatros, ficam o acervo de CDs e livros em exposição, então todo o espaço físico foi planejado para múltiplas atividades que atendam o público infanto-juvenil e adulto. No pequeno palco é possível fazer um sarau de poesias bem como uma apresentação musical com violão e cantoria.
Apresentação EMEI Emilio Carlos – São Caetano do Sul
Ações com a Comunidade - A diretora Maristela apresentou o Projeto 1, 2, 3 Conte Outra Vez teve a participação dos pais, tias, avós que vieram contar histórias para as crianças. Um Grupo de 3ª Idade contaram histórias do Monteiro Lobato para a creche Sarau de Literatura (foi enviado convite aos pais e a comunidade do entorno). Dia dos Avós – participação das colchas de retalhos onde os personagens aparecem em forma de bordado. Nossa Biblioteca - biblioteca circulante (empréstimo de livros para as crianças e pais levarem para casa).
Instrumental PBV – A Renata teceu comentários sobre os projetos da Rede de Leitura. Por exemplo, se as crianças levam livros para casa, é um dado concreto. Só a avaliação qualitativa não se sustenta, pois o patrocinador quer números para certificar quanto investiu e qual o seu retorno.
O Prof. Edmir acrescentou que é necessário formar uma rede para potencializar as experiências e práticas fundamentadas na Literatura. Sugeriu também as organizações sociais (parceiras) fazerem relatos em forma de cartas como documentos que dão sentido às experiências vividas pelos educadores diretamente envolvidos nos projetos do PBV, as famílias e a comunidade. Além de promover a interação (a troca) destas cartas com registros documentais escritos e através das fotografias “captar um olhar poético e literário”. Criar, ao mesmo tempo, um material que seja agradável de ser lido, isto é, uma leitura que tenha algo gostoso e significativo!
O que são estações do conhecimento?
Indagou prof. Edmir. Estamos há anos lá (USP) pesquisando os espaços de apropriação cultural. A educação para a informação é uma condição indispensável. Não só os livros, mas os vários materiais de informação que nos chegam de variadas formas. Tratar bem os textos e ao mesmo tempo, estamos em falta e por excesso: nós e as crianças. Não estamos sabendo trabalhar. A estação é uma plataforma que te acolhe e leva ao conhecimento “como colo de mãe possessiva”, fazendo uma metáfora, para todas as plataformas. Neste sentido, fez uma comparação com o metrô, o passageiro chega e parte ao seu destino seja ao percurso do trabalho e ou o retorno para casa.
A Estação do Conhecimento tem essa conexão que te “acolhe” através de uma trama de uma rede com as outras instituições, ou seja, a estação é um local de aprendizagem e ao mesmo tempo informacional. Trata-se de um lugar de vivência cultural buscando aprendizagem permanente para viver, aprender, desenvolver competências e habilidades.
“Escrever textos agradáveis (prazerosos) faz com que eu cresça como pessoa, como profissional e cidadão(a). Com as nossas experiências podermos passar às outras pessoas o valor destes acontecimentos vividos e enriquecedores que é a Rede de Leitura”, enfatizou o Prof. Edmir Perrotti.
Certamente compreendemos o desejo do Mestre. Agora publicar o livro será o nosso grande desafio. Ah! Fomos visitar o outro prédio a Biblioteca “Espaço Dráuzio Varella” destinada para pesquisa e leitura, porém sem perder o ambiente agradável e moderno. Vale destacar que a estratégia de atrair o público também foi muito bem pensado pelo prof. Edmir e sua equipe antenada: mobiliários bonitos e planejados. Dá vontade de entrar e ficar sem pressa de ir embora. Isso que é usar bem o dinheiro público e privado em obras de primeira grandeza em prol da Cultura e Infoeducação.
Próximo encontro dia 21/10 – As organizações sociais farão uma apresentação de 15 minutos dos seus projetos de leitura e ação cultural: na organização, família e comunidade. Obra Social Santa Clara: 15 minutos; Projeto Arrastão: 15 minutos e Projeto Quixote: 15 minutos.
Relatado por: Neide - Arrastão
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