quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Cultura lúdica na biblioteca_por Flávio Paiva
A observação de Lobato me chama a atenção para o quanto temos criado de recursos de aproximação da criança com o livro, mas também para o quanto temos sido negligentes com relação ao significado de escrever para crianças. Existem livrinhos de pelúcia, de borracha para morder e de plástico para a hora do banho. Tem livro-brinquedo, em forma de carro, de animal e de figuras geométricas. Com relevo nas páginas e papelão articulado, as lojas estão cheias de publicações. Livros com ilustrações atraentes, mas nem sempre com conteúdo honesto, é o que não falta. E as calçadas das escolas, os espaços das bibliotecas e os stands das feiras são invadidos por livros sem autores, sem alma, livros pardais, a furar os ovos da imaginação com seus bicos disfarçados de nota de um real.
Tive a oportunidade de melhorar a minha percepção com relação à situação do livro e da leitura, ao discutir o tema com uma platéia formada por atentos cuidadores de bibliotecas, em palestra que fiz dia 19/11/2008, no auditório da biblioteca da Universidade de Fortaleza, por ocasião do IV Encontro do Sistema Estadual de Bibliotecas, SEBP, que integrou a programação da VIII Bienal Internacional do Livro do Ceará. Na agradável companhia das educadoras Fátima Portela, professora do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Ceará, e Ruth Pontes, coordenadora estadual do Programa Nacional de Incentivo à Leitura, Proler, conversamos sobre a ´dinamização de acervos com a literatura infantil´.
Tanto quanto de bons livros, a biblioteca precisa significar espaço de tempo livre onde a criança possa exercitar a imaginação em diálogos literários que respeitem à sua individualidade, estimulem a sociabilidade e autonomia criativa. Cecília Meireles (1901 - 1964), escritora que abraçou a causa do livro e da leitura, dizia com muita lucidez que as crianças gostam de histórias ricas em conteúdo humano. Maria Amélia Pereira, fundadora e orientadora do centro de estudos Casa Redonda, de Carapicuíba, reforça a atualidade desse conceito ao assegurar que o melhor livro infantil é aquele que expressa a relação do ser humano com o mundo na sua forma mais verdadeira.
A promoção da leitura e a democratização do livro, como política de Estado, decorrente dos ideais republicanos de universalização da educação, é uma bandeira empunhada pelo governo do Ceará, terra que em apenas dois séculos de emancipação política, tem uma biblioteca inaugurada em 1867. Lourenço Filho (1897 -1970), que em 1922 mudou-se para Fortaleza com a missão de fazer uma reforma na educação pública cearense, comparava a literatura ao jogo e à brincadeira, por entender sua força de atuação preponderante no campo da imaginação e colocava a literatura infantil como complemento à educação escolar na formação plena das pessoas.
O espaço da literatura na educação vem contando com muitas contribuições no último século. Em 1907, a educadora mineira Alexina de Magalhães Pinto (1870 - 1921) publicou um ´Esboço provisório de uma biblioteca infantil´. O lema ´republicanizar a República´ foi utilizados por educadores brasileiros em 1924, dentro do convencimento de que na educação residia o alicerce para o desenvolvimento. Dez anos depois, Anísio Teixeira (1900 - 1971) criou a Biblioteca Popular Infantil do Rio de Janeiro, deliberadamente como um local de encantamento e de pesquisa.
Temas que abordam a questão do ´progresso´, sem ser às custas da degradação ambiental, vêm sendo tratados no Brasil pela literatura sincera para crianças desde o começo do século passado, em obras como ´A filha da floresta´ (Ed. Melhoramentos, 1921), de Thales de Andrade (1890 - 1977) que, em plena onda de urbanização, falava da aventura de viver com simplicidade no campo, ´sem luxo e sem se importar com a fama´; e em obras como ´A Reforma da Natureza´ (Cia Editora Nacional 1941), de Monteiro Lobato, livro no qual a boneca Emília tenta ´consertar´ o mundo vegetal e animal no Sítio da Dona Benta, enquanto a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) ´desconserta´ o resto do mundo.
Gabriela Pellegrino lembra bem que uma das principais característica da pedagogia lobatiana é que nela as crianças sempre deixam temporariamente o amparo físico e intelectual dos adultos para, munidos de fantasia, enfrentar os desafios do mundo interior e exterior. Depois de brincarem, retornam para casa ´vitoriosas e amadurecidas pelas experiências vividas´. O pensador cubano José Martí (1853 - 1895) dizia que se tivesse que optar entre falar da cultura grega e romana ou dos Astecas, Maias e Incas, ficaria com a segunda opção. Rabindranath Taqgore (1861 - 1941), escritor e educador indiano, também defendia os espaços educacionais como ambientes que as crianças pudessem freqüentar com prazer, porque neles teriam ampla liberdade de brincar, de se relacionar com a natureza e de vivenciar lições de cidadania.
Na Declaração dos Direitos das Crianças, feita em 1927 pela poeta chilena Gabriela Mistral (1889 - 1957), o reconhecimento da infância, como tempo do exercício da criatividade e da sensibilidade aparece como um apelo de permanente atualidade: ´Não deixar de pedir para a criança a escola com sol, o livro, as imagens dos contos, nem cessar de dizer não a tudo o que desfigura sua alma e a violenta´. Esta citação está nos estudos de Pellegrino, no qual a ativista das bibliotecas populares, aparece defendendo a combinação de mídias na biblioteca, desde que não derive para a banalidade. Para ela, a leitura, mais do que distração, é um meio que ´muitas vezes nos finca melhor em nós mesmos´.
No início do século passado, a ´paixão da criatura pela imagem´ estava mais direcionada para a novidade do cinema. Hoje, essa atração está mais acentuada nas telas de televisão e de computador. O tempo passa e cada vez mais fica provado que as novas mídias não são inimigas do livro. Quando bem utilizadas podem tornar-se grandes aliadas da difusão do livro e da formação de leitores. A tecnologia precisa ser posta a serviço das pessoas e não o contrário. Das aplicações dos recursos do mundo digital na educação, a de reforço à aproximação da criança com o livro e de estímulo à leitura é sem dúvida uma das mais desejáveis.
A escritora Ana Maria Machado diz que a literatura infantil brasileira só encontra paralelo na literatura infantil inglesa. A diferença é que no Brasil ainda não despertamos para fazer filmes inspirados em nossas próprias histórias infantis. A relação filme e literatura é mágica. Um dia desses, o meu filho Artur, de sete anos, me perguntou qual a razão de a gente vê um filme do Harry Potter em apenas duas horas e de levar mais de um mês para ler o livro, se a história é a mesma. Respondi por linhas gerais, que no filme o diretor escolhe o que quer que a gente veja, enquanto no livro não há escolhas, são os significados que damos às palavras que nos contam a história. E o segredo está na escolha do livro.
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=593263 COLUNA (27/11/2008)
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Ata da Supervisão da Rede de Leitura
O encontro ocorreu no auditório do Instituto Dom Bosco situado na estação Tiradentes do metrô e teve início às nove horas.
A abertura da reunião, conhecida entre os integrantes como o momento “Bom Dia Rede” foi realizada pela Lazara da entidade Comunidade Inamar que leu um conto de Maria Colassanti retirada do livro A Moça Tecelã. Os integrantes fizeram comentários acerca da leitura, colocando suas interpretações.
Em seguida, relembraram os acontecimentos mais marcantes do último encontro do grupo que ocorreu em outubro na Universidade de São Paulo, em decorrência da palestra do professor Max Butlen. Uma das lembranças foi referente à apresentação do instituto Arrastão que entre as ações de seu projeto produziu um “Pé de Livros” – a idéia é simples, mas surpreendente: consiste em expor livros ao ar livre de uma forma diferente com o intuito de despertar o interesse das crianças pela leitura. Os livros são literalmente pendurados nos galhos de uma árvore e “colhidos” como fruta fresca e madura para serem deliciados pelos leitores que os escolheram. Duas integrantes acharam a idéia tão interessante que realizaram em suas organizações e comentaram o retorno positivo que obtiveram.
Prosseguindo a reunião, a Elisangela e a Renata explicam que os encontros do grupo para o próximo ano serão articulados pelos próprios integrantes e alguns dos participantes se prontificaram em organizar a primeira reunião de dois mil e nove que tem data prevista para ocorrer em dezoito de fevereiro, provavelmente no Parque da Juventude, no entanto, data e local ainda serão confirmados.
A Renata apresentou em slides o resultado do primeiro preenchimento instrumental sobre os projetos de leitura e em seguida, os participantes preencheram novamente o instrumental para que se possa ter uma avaliação mais específica dos resultados.
Após o café de confraternização, a Elisangela realizou a “dinâmica do barbante”: Iniciou pedindo para que os integrantes (ao receberem o barbante) dissessem em poucas palavras o sentido da “Rede” e dessa forma passasse o barbante para outra pessoa – formou-se assim um interessante “emaranhado” de fios que lembrava exatamente o tecer de uma rede.
O professor Edmir encerrou a supervisão realizando uma retrospectiva dos pontos memoriais que ocorreram durante todos os encontros do grupo durante o ano de dois mil e oito e fez suas considerações sobre a importância de manter a Rede de Leitura, pedindo para que cada integrante realizasse também suas considerações pessoais. Em unanimidade, os integrantes comentaram sobre a necessidade dos encontros que colaboraram para a resolução das dificuldades encontradas na sistematização dos projetos. Não havendo mais assunto a tratar o grupo encerrou a última supervisão do ano com um abraço coletivo!
Elaborado por Lázara, da Comunidade Inamar
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Instituto C&A abre edital para patrocínio_28/11/08
Projetos de incentivo à leitura devem ser encaminhados para o Programa Prazer em Ler, enquanto as ações voltadas para o fortalecimento de ONGs devem ser encaminhadas para o Programa de Desenvolvimento Institucional. O prazo para as inscrições termina em 6 de dezembro (sábado).
As organizações interessadas devem preencher o formulário de apresentação de projetos disponível no site www.institutocea.org.br e, posteriormente, encaminhar a proposta pelos Correios.
O orçamento dos projetos selecionados para o Programa Prazer em Ler é de até R$ 70 mil e o prazo de execução de 12 meses (a partir de março de 2009). O recurso irá contemplar a aquisição de acervo de livro e equipamento para biblioteca, organização do espaço de leitura e pagamento de pessoal. Os nomes das instituições escolhidas serão divulgados no site do Instituto C&A no dia 10 de fevereiro de 2009.
Para as iniciativas do Programa de Desenvolvimento Institucional, o orçamento destinado é de R$ 60 mil para projetos de organizações para o seu próprio desenvolvimento e de R$ 120 mil para ONGs que trabalham para o fortalecimento de outras instituições. O prazo de execução também é de 12 meses, a partir de março de 2009. As organizações selecionadas serão anunciadas no dia 10 de fevereiro de 2009, pelo site.
Os editais para os programas “Educação Infantil” e “Educação em Tempo Integral” ainda não têm data definida.
Programa Prazer em Ler
O Programa Prazer em Ler foi criado em 2006 com o objetivo de promover a formação de leitores e desenvolver o gosto pela leitura junto às crianças e adolescentes. As ações do programa estão organizadas em torno de três frentes: desenvolvimento de projetos de leitura em diferentes espaços institucionais (ONGs, escolas, bibliotecas e outros); disseminação da importância da leitura e boas práticas na área; e articulação de agentes sociais que podem atuar na promoção da leitura. Atualmente, 82 instituições sociais participam do Prazer em Ler, em todo o Brasil.
A implementação do Prazer em Ler também contempla o envolvimento de voluntários, que são associados da C&A e acompanham as ações do programa nas instituições sociais parceiras. Eles são preparados, por meio de oficinas pedagógicas e de formação, para trabalhar na promoção da leitura. Os associados também são incentivados a ampliar seu repertório literário, por meio do acesso a biblioteca, disponível em cada loja da C&A.
Programa Desenvolvimento Institucional
O programa de Desenvolvimento Institucional, do Instituto C&A, busca apoiar processos e iniciativas que promovam o aperfeiçoamento de organizações da sociedade civil e assegurem a realização da sua missão de forma duradoura.
A iniciativa expressa o compromisso do Instituto C&A com o fortalecimento institucional das organizações sociais, como condição para a sua sustentabilidade e como contribuição ao desenvolvimento social.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
PROGRAMAÇÃO DE DEZEMBRO - 2008_BIBLIOTECA PÚBLICA HANS CHRISTIAN ANDERSEN
- 03 e 10 de Dezembro (quarta-feira) às 10h00 e às 14h00
“Lume Luzinha Brilhante”
Com: Lílian Marchetti e Jonathan Silva
Público-alvo: Crianças e Adultos
Visita Monitorada com Contação de Histórias: às terças-feiras, a partir das 9h00 com Katianne. Para as contações de histórias e visitas monitoradas, é necessário que Escolas e/ou Instituições, façam agendamento prévio por telefone.
TEATRO INFANTIL
- 13 de Dezembro (sábado) às 16h00 – no Auditório
“A História dos Duendes que Seqüestraram um Coveiro”
Com Cristiana Gimenes
Espetáculo Infantil baseado no original de Charles Dickens.
Gabriel Grub é um coveiro mal-humorado e solitário que vai para o cemitério na véspera de Natal, pois não suporta ver as pessoas felizes e festejando. É seqüestrado por duendes que lhe mostram algumas imagens do mundo: uma família reunida, a morte de um dos membros dessa família, a continuidade da vida após essa perda; a vida no campo – a natureza, as plantas, os animais.
TODA PROGRAMAÇÃO É GRATUITA.
Público Alvo: Contadores de Histórias, bibliotecárias(os), educadores,
pais e filhos e interessados em geral.
Local: BIBLIOTECA PÚBLICA HANS CHRISTIAN ANDERSEN
Av. Celso Garcia, 4142 -Tatuapé - São Paulo
(Próx. Estação Tatuapé do Metrô)
Tel./Fax: 2295-3447
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
PALESTRA - Literatura Infantil e Formação de Leitores no Brasil_Entrada Franca
Dia 22 de novembro (sábado) das 14 às 17h
PALESTRA - Literatura Infantil e Formação de Leitores no Brasil
com Denyse Figueiredo Cantuária Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela PUC/MG. Professora de pós-graduação do Centro Universitário Belas Artes/SP, autora, editora e coordenadora de projetos para montagem de salas de leitura e outros eventos literários.
Conteúdo:
Origens da Literatura infantil e juvenil no Brasil.
Projetos de leitura.
Grandes autores depois de Monteiro Lobato.
O professor como leitor.
Trabalhar a leitura na escola é fundamental!
Entrada Franca.
Não há necessidade de inscrição prévia.
Local: BIBLIOTECA HANS CHRISTIAN ANDERSEN
Av. Celso Garcia, 4142 -Tatuapé - São Paulo (Próx. Estação Tatuapé do Metrô)
Tel.(11) 2295-3447
Realização: Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas
Consultoria: Kelly Orasi
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
MinC prorroga período de inscrições para a primeira edição do concurso
O novo prazo-limite foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, dia 10 de novembro, por meio da Portaria n° 76, assinada pelo ministro Juca Ferreira. Todas as cidades brasileiras poderão participar do concurso, instituído no âmbito do Programa Mais Cultura, que integra a Agenda Social do Governo Federal.
As iniciativas inscritas deverão fortalecer, fomentar e estimular a leitura em diferentes locais, como, por exemplo, bibliotecas comunitárias, Pontos de Cultura, sindicatos, hospitais, presídios, associações comunitárias, residências e em vários outros lugares.Podem se inscrever no concurso pessoas físicas ou jurídicas nacionais, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, representantes de iniciativas voltadas para a promoção da leitura nas comunidades brasileiras, a democratização do acesso gratuito aos livros, gibis e outros materiais de leitura, e ainda outras características. Não poderão candidatar-se bibliotecas, escolas e universidades mantidas pelo poder público. Cada candidato pode participar com uma única iniciativa.
Premiação e inscrições
Cada projeto selecionado receberá um kit com, no mínimo, 500 livros, assim distribuídos: 50% de obras de ficção; 25% de não-ficção e 25% de referência. Além disso, farão parte do kit um computador e um mobiliário básico. Esse conjunto se destina à renovação de acervos bibliográficos e de equipamentos que promovam o uso cultural de computadores e Internet.
As inscrições são gratuitas e só podem ser feitas pelos Correios. Os envelopes deverão ser enviados preferencialmente via Sedex ou carta registrada e encaminhados para o seguinte endereço:
Concurso Pontos de Leitura 2008: Homenagem a Machado de AssisCaixa Postal n° 8614CEP 70312-970 - Brasília/DF
Os envelopes remetidos deverão conter a ficha de inscrição preenchida e com a assinatura do responsável pela iniciativa. Também precisam ser enviados os documentos listados na Portaria n° 60, de 23 de setembro de 2008, que instituiu o concurso, disponibilizada no nosso site desde o dia 25 de setembro, quando foi publicada no Diário Oficial.
É necessário que os candidatos façam a adesão à Rede Biblioteca Viva, cujos objetivos e conceitos podem ser lidos no Anexo C da Portaria n° 60.
Veja as portarias, os anexos e a Cartilha do Concurso Pontos de Leitura.Informações: (61) 3316-0619.
(CGLL/MinC)
Visite o site: http://www.cultura.gov.br/site/
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Rede de Leitura do Recife: A Escola Linkada na Poesia
http://www.interpoetica.com/hotsite/empjb/empjb.htm
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Contação de histórias e Teatro Gratuito na Zona Leste!
PROGRAMAÇÃO DE NOVEMBRO - 2008
PALESTRA/OFICINAS
As Palestras e Oficinas fazem parte da programação do
Centro de Formação para Contadores de Histórias, desta Biblioteca.
Dia 08/11 (sábado) das 9h às 13h
Palestra CONTOS DE FADA: PERCURSO HISTÓRICO E DIÁLOGOS COM O COTIDIANO
Com José Nicolau Gregorin Filho (prof. da USP e doutor em Linguística pela UNESP)
Panorama histórico dos contos de fada e dos contos maravilhosos, suas fontes ancestrais e as transformações por eles sofridas até a contemporaneidade.
- 11 de Novembro (terça feira) das 09h00 às 13h00
Palestra: “A importância dos Contos de Fadas na Formação da Personalidade”
Professora : Ilíada de Castro
Local : Auditório
Vagas : 160
Público Alvo: Contadores de Histórias, bibliotecários, educadores e interessados em geral.
- 13 de Novembro (quinta feira) das 13h00 às 17h00
Oficina: “Os Sons das Histórias”
Professor : Wilson Dias
Local : Sala Nelly Novaes Coelho
Vagas : 30
Público Alvo: Contadores de Histórias, bibliotecários, educadores e interessados em geral.
- 25 de Novembro (terça feira) das 09h00 às 13h00
Oficina: “Confecção de Bonecos e Histórias”
Professora : Beth Gonçalves
Local : Sala Nelly Novaes Coelho
Vagas : 30
Público Alvo: Contadores de Histórias, bibliotecários, educadores e interessados em geral.
Inscrições por telefone a partir de 03/11/2008 2295-3447
Palestras: 160 vagas - Oficinas: 30 vagas - Seleção: Primeiros inscritos.
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
- 12 de Novembro (quarta-feira) às 10h00 e às 14h00
“Era uma vez....E não eram duas e nem três”
Com as “Meninas do Conto”
Público-alvo: Crianças e Adultos
Visita Monitorada com Contação de Histórias: às terças-feiras, a partir das 9h00 com Katianne. Para as contações de histórias e visitas monitoradas, é necessário que Escolas e/ou Instituições, façam agendamento prévio por telefone.
TEATRO INFANTIL
- 08 de Novembro (sábado) às 16h00 – no Auditório
“Um Caldeirão de Poemas”
Com o Núcleo Caboclinhas, formado por Luciana Silveira, Geni Cavalcante e Viviane Victtorin. Direção: Karin Dormien Mellone.
Texto: Tatiana Belinky
O espetáculo apresenta os poemas de Tatiana Belinky e poemas de Goethe, Pushkin, Brecht e outros grandes poetas, além de inúmeros poemas anônimos e populares. São muitas brincadeiras com palavras que divertem e ampliam o universo do conhecimento, trazendo desafios, jogos de rima e jogos de “nonsens” que fazem pensar. As bruxas são brasileiras, são os cazumbas do folclore, com grandes trazeiros e uma máscara – a careta. E é dançando e cantando as poesias em torno do caldeirão que as atrizes do Núcleo Caboclinhas mandam embora o medo e trazem o sonho.
TODA PROGRAMAÇÃO É GRATUITA.
Público Alvo: Contadores de Histórias, bibliotecárias(os), educadores,
pais e filhos e interessados em geral.
Local: BIBLIOTECA PÚBLICA HANS CHRISTIAN ANDERSEN
Av. Celso Garcia, 4142 -Tatuapé - São Paulo
(Próx. Estação Tatuapé do Metrô)
Tel./Fax: 2295-3447
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Leitura em Debate: a literatura infantil e juvenil - 30/10/2008 - 16h
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Veja fotos e vídeos do Fórum de Infoeducação: Aprendizagens Informacionais e Leitura
20/10 - O evento de abertura do fórum e assinatura de declaração de interesse da parceria do Colabori/CBD/ECA/USP e Sociedade Beneficente Israelita Hospital Albert Einstein, tendo em vista o desenvolvimento da Estação do Conhecimento Laboratório, na Comunidade de Paraisópolis, foi emocionamente e marcado pela presença das apresentações das crianças e jovens da comunidade de Paraisópolis - confira as fotos e vídeos: http://picasaweb.google.com.br/colabori/FRumDeInfoeducacao_PalestraDe20DeOutubroDe2008
21/10 - No segundo dia, além da presença de diversos pesquisadores, estudantes e profissionais na área de Infoeducação, houve também a forte participação das organizações sociais que formam a Rede de Leitura Biblioteca Viva - confira as fotos: http://picasaweb.google.com.br/colabori/FRumDeInfoeducaO_SobreRedesDeLeitura#
23/10 - No terceiro dia, houve uma reunião, pela manhã, com a equipe de pesquisadores do Colabori e à tarde um amistoso debate com Prof. Dr. Edmir Perroti, com a mediação da Profa. Dra. Ivete Pieruccini - confira as fotos: http://picasaweb.google.com.br/colabori/ForumInfoeducacao_20081023#
Saiba como foi a programação no CBD/ECA/USP - clique aqui.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
sábado, 4 de outubro de 2008
MinC anuncia 600 bibliotecas comunitárias
O Ministério da Cultura abriu edital para apoiar a instalação de 600 bibliotecas comunitárias no País. O governo dará preferência a instituições ou pessoas físicas que já realizam projetos de leitura há pelo menos um ano e para os 410 municípios considerados prioritários pelos programas Território da Cidadania, do Ministério da Justiça, e Mais Cultura, do próprio MinC.
Os escolhidos receberão um kit com 500 livros, um computador e mobiliário básico, composto por mesa, cadeira, estantes e almofadas. A Fundação Biblioteca Nacional fará a compra e a distribuição dos acervos. O projeto, chamado de Pontos de Leitura, segue na linha do programa Cultura Viva, que instituiu os chamados Pontos de Cultura na gestão do ex-ministro Gilberto Gil.
O anúncio do edital põe fim a uma espera de um ano desde que o Ministério da Cultura anunciou, numa grande festa em Brasília, o programa Mais Cultura. Na ocasião, foi anunciada, entre outras metas para a área, a criação de 20 mil pontos de cultura, 4 mil dos quais como pontos de leitura.
A portaria assinada pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, instituiu o Pontos de Leitura como concurso e aproveitou para fazer uma homenagem nesta edição ao centenário de morte do escritor Machado de Assis. As inscrições vão até 10 de novembro.
Biblioteca Viva - A portaria que instituiu o projeto Pontos de Leitura também criou a rede Biblioteca Viva, da qual todos os 600 contemplados pelo edital terão que, obrigatoriamente, fazer parte e que abrigará os Pontos de Cultura que possuírem alguma atividade de fomento à leitura.
A intenção é criar uma rede de bibliotecas de acesso público (municipais, estaduais e comunitárias) e também uma plataforma virtual de acompanhamento, interlocução e interação das ações do livro e leitura. As bibliotecas brasileiras compõem o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, vinculado à Fundação Biblioteca Nacional.
Serviço - As inscrições para o I Concurso Pontos de Leitura 2008: Homenagem a Machado de Assis são gratuitas e só poderão ser feitas via Correios. A portaria está à disposição dos interessados nas páginas do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br), no link Editais e Premiações, e do Programa Territórios da Cidadania (www.territoriosdacidadania.gov.br). Maiores informações podem ser obtidas pelos e-mails pontosdeleitura@minc.gov.br ou pontosdeleitura@cultura.gov.br, e também pelo telefone (61) 3316-2014 .
Os envelopes com as inscrições deverão ser enviados para: Concurso Pontos de Leitura 2008: Homenagem a Machado de Assis, Caixa Postal n° 8614, CEP 70312-970, Brasília/DF.
Fonte: http://www.abrelivros.org.br/abrelivros/texto.asp?id=3537.
sábado, 27 de setembro de 2008
E os livros foram parar na cadeia...
Patrícia Villalba
As crianças viam os livros através das grades em São Francisco Xavier, pequena cidade da Serra da Mantiqueira, quando o bibliotecário Sidnei Rosa chegou à cidade, para passar férias na casa do pai. Ele, que já havia trabalhado na estruturação de diversas bibliotecas pelo Paraná e Mato Grosso, não imaginava que justamente ali, na sua terra natal, o acesso aos livros poderia ser restrito. Num arroubo digno do realismo fantástico, o poder público trancafiou o acervo da cidade numa cela da cadeia pública. "Trancaram e, pronto, ninguém mais tinha acesso, ninguém sabia onde estava a chave", lembra ele.Sidnei se deparou com a situação quando alunos foram bater à sua porta, em busca de livros para um trabalho sobre o Mercosul. Como eles, foi "de cá pra lá" atrás dos livros, também sem sucesso. "Ia à prefeitura, e me mandavam procurar a chave (da cela) na escola. Na escola, diziam que a chave estava na prefeitura. Não consegui abrir aquela cela de jeito nenhum", lamenta. "Um dia eu saí de lá doido da vida e pensei: Vou montar uma biblioteca aqui?."E foi o que ele fez, na garagem da casa de seu pai - Rua 15 de Novembro, número 50. Antes, ele tentou convencer as autoridades locais a cederem um espaço para o projeto. "Fiz várias sugestões de imóveis que poderiam ser destinados à nova biblioteca, mas em vão. Foi quando meu pai me ofereceu a garagem de casa", conta. "Eu disse que tudo bem, desde que ele deixasse de morar aqui."Sidnei, então, envolveu toda a cidade no projeto Biblioteca Solidária, que inaugurou sua primeira fase em 2004, ainda na garagem. Logo, entretanto, o acervo tomaria conta de toda a casa de Seu Getúlio, que passaria por grande reforma. "A (montadora) GM doou 5 mil reais, para colocar o forro, por exemplo, mas eu precisava trocar a parte elétrica. Fiz, então, duas listas de material, tipo lista de casamento, sabe? Deixei na loja de material de construção da cidade e cada um contribuiu como pôde", detalha Sidnei, que recebe hoje o escritor gaúcho Marcelo Carneiro da Cunha para um bate-papo com leitores, dentro do projeto Viagem Literária (leia abaixo).
Animação em pessoa, Sidnei trabalha como voluntário e usa a criatividade para fazer render o orçamento da biblioteca, basicamente gerado por doações dos 50 membros da Associação de Amigos e patrocínios esporádicos - neste ano, em boa fase, ele conta com a Petrobrás e a Faberweb. As doações dos amigos garantem o pagamento das despesas básicas, como água, telefone e energia elétrica. E os patrocínios especiais vão para a compra de equipamentos, como computadores e o ar-condicionado que garante a integridade do acervo. "Os amigos contribuem mensalmente com 20, 30 ou 50 reais. Se atrasa, não tem problema - não acho legal ficar cobrando. O pouco que a gente recebe parece que cresce, e isso é maravilhoso", diz o quixotesco bibliotecário.É um trabalho que aparece bastante, muito além do simples emprestar livros. Contação de histórias, cursos (inglês, inclusão digital, educação ambiental, culinária para crianças) e sessões de filmes são algumas das atividades que movimentam a Biblioteca Solidária. Sidnei só não sabe medir a quantidade de pessoas que retiram livros, pelo simples princípio de desburocratizar o empréstimo. "Não sei quantos são, mas tenho uma lista de A a Z imensa. As pessoas têm liberdade de pegar o livro sem depender de um comprovante de residência ou de uma foto 3x4", diz. "Eles devolvem? Devolvem, pela confiança. Aqui é tudo do público. O meu interesse é que os livros circulem."
Quinta-Feira, 18 de Setembro de 2008 - Caderno 2 http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080918/not_imp243700,0.php
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Reunião de Supervisão Biblioteca Viva no Parque da Juventude
O encontro de supervisão da PBV foi realizado dia 10 de setembro, às 8h30 na Biblioteca *Guita e José Mindlin “Estação do Conhecimento” antes de ser inaugurada. É um espaço muito interessante para atrair o público em geral, os mobiliários muito bonitos com pufes coloridos para fazer uma leitura prazerosa ou mesmo ouvir CDs de músicas de diversos estilos, desde os grandes nomes que fizeram a história da Bossa Nova, como MPB e cultura popular, infantis entre outros. Estavam presentes, aproximadamente, 21 organizações sociais.
*Guita e José Mindlin compartilharam ao longo da vida a paixão pelos livros, que levou o casal a formar uma das mais importantes bibliotecas privadas do país, que Mindlin começou a formar aos 13 anos e chegou a ter 38 mil títulos. Em maio de 2006, o casal fez a doação de cerca de 15 mil obras da Biblioteca Brasiliana para a USP. No conjunto doado à USP, constam obras de literatura, história, sociologia, poesia. Dentre as raridades estão documentos do século XVI com as primeiras impressões que padres jesuítas tiveram do Brasil, jornais anteriores à Independência e manuscritos que resgatam a gênese literária de grandes obras, como Sagarana (de Guimarães Rosa) e Vidas Secas (de Graciliano Ramos). Fonte: http://www.academia.org.br
Bom Dia Rede! A educadora Isabel leu um trecho do livro “Os Jovens e a Leitura” de *Michele Pétit.
Michèle Petit é antropóloga, pesquisadora do Laboratório de Dinâmicas Sociais e Recomposição dos Espaços, do Centre National de la Recherche Scientifique, na França, e tem obras traduzidas em vários países da Europa e da América Latina. Ela participou do Encontro Internacional Literatura E Ação Cultural, lançou o livro “Os Jovens E A Leitura”, julho/2008 – Sesc-Pinheiros-SP.
Em seguida no Bom Dia Rede! ficou instituído assim porque todo encontro antes de começar é reservado esse momento a reflexão e a nossa prática, o momento do Prof. Edmir Perrotti da USP e da Fundação Abrinq representada pela Elisângela e Renata darem os seus recados através de avisos e comunicados de interesse do PBV – Programa Biblioteca Viva. Ele parabenizou a equipe que vem se reunindo desde o segundo semestre do ano passado e formando a rede como espaço de reflexão e difusão da leitura. E poder externar a sua alegria ao nosso reencontro num local repleto de significados e a satisfação de passarmos juntos algumas horas numa Biblioteca antecipando a inauguração. A Biblioteca será inaugurada no dia 16/09/08 às 12h40.
Por volta das 10h00, podíamos avistar pela janela de vidro, dezenas de jovens fazendo intervalo e a distância eles nos observavam sorridentes.
Estação Memória - Enquanto, apreciávamos a bela juventude, o professor Edmir Perrotti reavivou a nossa memória e a reflexão daquele espaço por onde os jovens circulavam - ao invés de ser um belo jardim interno - é um grande quadrado cheio de areia com alguns paralepípedos espalhados pelo chão (no tamanho natural de pessoas adultas). O local refere-se à memória das centenas de presidiários mortos num incêndio provocado por uma rebelião em confronto com 120 policiais, no dia 2 de outubro de 1992, onde morreram 111 presidiários e mais de 120 ficaram feridos. Na época causou grande repercussão internacional.
“Hoje este espaço é voltado para a celebração da vida, à beleza da cultura, à beleza do conhecimento. É realmente sagrado ao invés da celebração da morte. Os arquitetos estão de parabéns e foram felizes na reconfiguração da arquitetura, pois ao invés fazer um jardim tradicional, encheram de pedriscos e areia para lembrar que naquele lugar (pátio onde estavam os jovens) é onde ficaram os corpos enfileirados e jogados. Quem patrocinou o Espaço foi a Fundação Volkswagen e o Instituto Paula Souza”. O prof. Edmir pegou da estante, um livro de poesias de Fernando Pessoa e fez a leitura de uma parte do longo poema, que registramos para apreciação de todos.
Leitura: Poesias
Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu (braço)
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste
Senti ou não?
Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido,
Mas tão de leve...
Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há uma coisa
Incompreendida...
Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve num ritmo
Novo no espaço?
Como se tua mão,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etério,
Que nem soubesses
Que tinha ser.
Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.
Fonte: PESSOA, Fernando. Poesias. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, v. 21, p. 121-122.
10h30 às 11h00 - Parada para o lanche coletivo, toalete e conversas.
Após o lanche o prof. Edmir convidou o grupo para participar da inauguração da biblioteca dia 20/10/08 na Comunidade de Paraisópolis, uma parceria da USP com a Einstein Comunidade – Hospital Albert Einstein. Provavelmente o Projeto Arrastão poderá ir porque fica muito próximo. E o próximo encontro de Supervisão ficou marcado para o dia 21/10 com a presença de Max Butlen, do Instituto Nacional de Pesquisas Pedagógicas, de Paris. Trata-se uma oportunidade única de poder dialogar e ouvir a palestra do especialista francês, considerado uma referência na França no circuito da leitura e das bibliotecas. Imperdível!
O prof. Edmir nos lembrou que a Toninha se aposentou como Supervisora de Ensino e trabalha há 15 anos como voluntária na USP além de uma jovem mestranda que estão envolvidas neste espaço com a biblioteca. Ficou do professor “fechar” com os responsáveis dos próximos encontros de supervisão serem realizados na Biblioteca Guita e José Mindlin devido a facilidade para todos que pegam trem, metrô e apesar da distância é de fácil acesso. Todos concordaram prontamente.
Apresentação dos Projetos do PBV
O Centro Social Parelheiros Avental de Histórias – uma idéia original porque os personagens estão no avental de cozinha. A educadora vai tirando os personagens do bolso e enquanto vai contando histórias para bebês de 2 anos, ela vai compondo o cenário no próprio avental, por exemplo, a avó em sua casa dando orientações ao Chapeuzinho Vermelho, tanto a avó como a menina Chapeuzinho saem do bolso e depois são fixados no aventa. As crianças vão construindo as imagens com a oralidade. Histórias infantis como: “O Chapeuzinho Vermelho” e os “Três Porquinhos”, “O Grande Urso Esfomeado”, “Bruxa, Bruxa”, enfim os personagens são feitos manualmente como os cenários do avental que vão parar no bolso. Trata-se de um estilo diferente de contação de histórias e uma forma de prender a atenção dos bebês que geralmente são inquietos.
O Conto que as Caixas Contam - Elas relataram que fizeram a Feira do Livro com a doação da Biblioteca Viva onde as crianças puderam manusear e ler as imagens à vontade e é feito à mediação de leitura. As 100 crianças fazem a exploração do caminho da Creche através de pequenos passeios e vão apreciando tudo pela frente até chegarem ao Espaço de Leitura. Para a apresentação, uma das educadoras, leu o livro “Marcelo, Marmelo” de Ruth Rocha.
Segundo as educadoras do Centro Social de Parelheiros, a região de Parelheiros é muito distante do Centro, recuada num bairro cercado de muitos sítios e chácaras, praticamente, as famílias e as crianças não possuem áreas de lazer de natureza cultural. Portanto, as ações costumam ser um sucesso. As crianças estão exigentes e já sabe distinguir livros de histórias de qualidade como o acervo que a Fundação Biblioteca Viva doou e perderam o interesse dos livros de qualidade inferior. Fomos presenteados com um singelo marcador de livros feito manualmente com mensagens do Monteiro Lobato.
O Espaço da Biblioteca não poderia ser mais propício porque foi em cima de um pequeno palco adaptado como um teatro infantil e por trás da cortina vermelha muito semelhante as cortinas dos grande teatros, ficam o acervo de CDs e livros em exposição, então todo o espaço físico foi planejado para múltiplas atividades que atendam o público infanto-juvenil e adulto. No pequeno palco é possível fazer um sarau de poesias bem como uma apresentação musical com violão e cantoria.
Apresentação EMEI Emilio Carlos – São Caetano do Sul
Ações com a Comunidade - A diretora Maristela apresentou o Projeto 1, 2, 3 Conte Outra Vez teve a participação dos pais, tias, avós que vieram contar histórias para as crianças. Um Grupo de 3ª Idade contaram histórias do Monteiro Lobato para a creche Sarau de Literatura (foi enviado convite aos pais e a comunidade do entorno). Dia dos Avós – participação das colchas de retalhos onde os personagens aparecem em forma de bordado. Nossa Biblioteca - biblioteca circulante (empréstimo de livros para as crianças e pais levarem para casa).
Instrumental PBV – A Renata teceu comentários sobre os projetos da Rede de Leitura. Por exemplo, se as crianças levam livros para casa, é um dado concreto. Só a avaliação qualitativa não se sustenta, pois o patrocinador quer números para certificar quanto investiu e qual o seu retorno.
O Prof. Edmir acrescentou que é necessário formar uma rede para potencializar as experiências e práticas fundamentadas na Literatura. Sugeriu também as organizações sociais (parceiras) fazerem relatos em forma de cartas como documentos que dão sentido às experiências vividas pelos educadores diretamente envolvidos nos projetos do PBV, as famílias e a comunidade. Além de promover a interação (a troca) destas cartas com registros documentais escritos e através das fotografias “captar um olhar poético e literário”. Criar, ao mesmo tempo, um material que seja agradável de ser lido, isto é, uma leitura que tenha algo gostoso e significativo!
O que são estações do conhecimento?
Indagou prof. Edmir. Estamos há anos lá (USP) pesquisando os espaços de apropriação cultural. A educação para a informação é uma condição indispensável. Não só os livros, mas os vários materiais de informação que nos chegam de variadas formas. Tratar bem os textos e ao mesmo tempo, estamos em falta e por excesso: nós e as crianças. Não estamos sabendo trabalhar. A estação é uma plataforma que te acolhe e leva ao conhecimento “como colo de mãe possessiva”, fazendo uma metáfora, para todas as plataformas. Neste sentido, fez uma comparação com o metrô, o passageiro chega e parte ao seu destino seja ao percurso do trabalho e ou o retorno para casa.
A Estação do Conhecimento tem essa conexão que te “acolhe” através de uma trama de uma rede com as outras instituições, ou seja, a estação é um local de aprendizagem e ao mesmo tempo informacional. Trata-se de um lugar de vivência cultural buscando aprendizagem permanente para viver, aprender, desenvolver competências e habilidades.
“Escrever textos agradáveis (prazerosos) faz com que eu cresça como pessoa, como profissional e cidadão(a). Com as nossas experiências podermos passar às outras pessoas o valor destes acontecimentos vividos e enriquecedores que é a Rede de Leitura”, enfatizou o Prof. Edmir Perrotti.
Certamente compreendemos o desejo do Mestre. Agora publicar o livro será o nosso grande desafio. Ah! Fomos visitar o outro prédio a Biblioteca “Espaço Dráuzio Varella” destinada para pesquisa e leitura, porém sem perder o ambiente agradável e moderno. Vale destacar que a estratégia de atrair o público também foi muito bem pensado pelo prof. Edmir e sua equipe antenada: mobiliários bonitos e planejados. Dá vontade de entrar e ficar sem pressa de ir embora. Isso que é usar bem o dinheiro público e privado em obras de primeira grandeza em prol da Cultura e Infoeducação.
Próximo encontro dia 21/10 – As organizações sociais farão uma apresentação de 15 minutos dos seus projetos de leitura e ação cultural: na organização, família e comunidade. Obra Social Santa Clara: 15 minutos; Projeto Arrastão: 15 minutos e Projeto Quixote: 15 minutos.
Relatado por: Neide - Arrastão
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Está na Mídia: Inauguração das Estações do Conhecimento "Drauzio Varella", "Guita e José Mindlin"
Veja o que foi publicado:
ESTAÇÃO DO CONHECIMENTO NAS DUAS ETECs
Com duas unidades na ETEC Parque da Juventude, a Estação do Conhecimento é um conceito novo de implantação de espaços de pesquisa. O surgimento de novas mídias obriga a repensar o modelo tradicional de bibliotecas. Dessa forma o prof. Edmir Perroti , da USP, desenvolveu esse conceito que congrega livros, revistas, jornais, DVDs, CDs e, claro, computador com internet. O espaço arquitetônico é divido em diversos ambientes que proporcionam momentos distintos da discussão de um projeto. Deitado em um "puf", pode-se ter idéias e então passar a uma discussão formal em uma mesa, buscar dados na Internet e desta forma dinâmica ter ao final uma pesquisa escolar ou pessoal. Estas estações vêm sendo desenvolvidas pelo professor Perrotti em escolas públicas e privadas de diversas cidades e pela primeira vez foi implantada em uma escola pública na cidade de São Paulo. E já são logo duas.
Antigos pavilhões lúgubres da Casa de Detenção, hoje dois modernos centros de estudos. Assim são os prédios I e II da ETEC Parque da Juventude. O primeiro voltado para o ensino técnico de museologia, enfermagem e informática. O segundo, para música e dança. (Clique AQUI para ver a inauguração dessa unidade.) E agora ganham o Espaço do Conhecimento José e Guita Mindlin - homenagendo pessoas devotadas à cultura e ao livro, e o Espaço do Conhecimento Dráuzio Varela - conhecido médico que trabalhou muito tempo na área hospitalar da antiga Casa de Detenção. O dr. Dráuzio afirmou que nunca poderia imaginar que nesse local que abrigava milhares de detentos em condições sub-humanas, pudesse um dia receber um equipamento cultural desse nível. O patrocínio da implantação é do banco Volkswagen, com apoio da Fundação Volkswagen.
Estiveram presentes na inauguração o prof. Edmir Perrotti, o sr. José Mindlin, o dr. Dráuzio Varela, o presidente da Fundação Volkswagen, Josef-Fidelis Senn, a diretora da ETEC Parque da Juventude, profa. Márcia Loduca, a diretora dos Centro Paula Souza, Laura Laganá, além de alunos e professores da ETEC. As Estações do Conhecimento poderão ser usadas por alunos e por usuários em geral.
ETEC Parque da Juventude - Prédios I e IIAv. Cruzeiro do Sul, ao lado da estação metrô Carandiru.
Fonte: http://www.znnalinha.com.br/santana/index.html
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São Paulo: dois novos espaços para o conhecimento
por e-Thesis
15-Sep-2008
Serão inauguradas nesta terça-feira, às 12h30, em São Paulo, a Estação do Conhecimento José e Guita Mindlin e a Estação do Conhecimento Dráuzio Varella: dois novos espaços para a difusão da cultura e do conhecimento. Implantados pela Fundação Volkswagen com o patrocínio do Banco Volkswagen, as duas estações oferecem a estudantes e ao público em geral acervos de alta qualidade - livros, revistas, jornais, documentários, filmes e músicas -, que podem ser consultados com a mediação de educadores.
Os dois espaços funcionam dentro da unidade educacional do Centro Paula Souza situada num dos pavilhões reformados do antigo presídio do Carandiru (av. Cruzeiro do Sul, 2.630). O prédio fica junto ao Parque da Juventude - que abrange quase toda a área da penitenciária - e à estação Carandiru do metrô, e também abriga uma unidade do Acessa São Paulo, que dá acesso gratuito à internet.
As estações do conhecimento foram concebidas pelo professor Edmir Perrotti, da Universidade de São Paulo, com uma proposta inédita na cidade de São Paulo: transformar o aluno e o público em geral em protagonista cultural, capaz de se apropriar da informação e transformá-la em conhecimento. "Não se tratam de simples bibliotecas, mas de locais especialmente planejados para que o leitor consiga situar-se e fazer suas escolhas em meio ao caos atual do excesso de informação", explicou.
Dentro desta proposta, um personagem central na Estação do Conhecimento serão os info-educadores. Tratam-se de bibliotecários treinados com a missão de orientar o público em suas pesquisas e fazer com que cada um chegue àquilo que realmente deseja por meio da consulta a várias fontes de informação. Outra inovação é o fato de que os dois espaços também vão admitir no futuro textos gerados pelos freqüentadores em seu acervo.
A Estação do Conhecimento José e Guita Mindlin, aberta ao grande público, abriga um acervo de mais de 2.000 títulos de literatura infanto-juvenil, além de jornais, revistas e um acervo variado de músicas e filmes. A Estação Dráuzio Varella terá livros e outras mídias de caráter técnico-escolar, voltados a estudantes dos cursos de enfermagem, museologia e informática do Centro Paula Souza. As visitas podem ser feitas de segunda-feira a sexta-feira, em horário comercial (das 8h às 17h).
Fonte: http://www.e-thesis.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3978&Itemid=59
Serão inauguradas nesta terça-feira (16/9), às 12h30, em São Paulo, a Estação do Conhecimento José e Guita Mindlin e a Estação do Conhecimento Dráuzio Varella: dois novos espaços para a difusão da cultura e do conhecimento.
Implantados pela Fundação Volkswagen com o patrocínio do Banco Volkswagen, as duas estações oferecem a estudantes e ao público em geral acervos de alta qualidade – livros, revistas, jornais, documentários, filmes e músicas –, que podem ser consultados com a mediação de educadores.
Os dois espaços funcionam dentro da unidade educacional do Centro Paula Souza situada num dos pavilhões reformados do antigo presídio do Carandiru (av. Cruzeiro do Sul, 2.630). O prédio fica junto ao Parque da Juventude – que abrange quase toda a área da penitenciária – e à estação Carandiru do metrô, e também abriga uma unidade do Acessa São Paulo, que dá acesso gratuito à internet.
As estações do conhecimento foram concebidas pelo professor Edmir Perrotti, da Universidade de São Paulo, com uma proposta inédita na cidade de São Paulo: transformar o aluno e o público em geral em protagonista cultural, capaz de se apropriar da informação e transformá-la em conhecimento. “Não se tratam de simples bibliotecas, mas de locais especialmente planejados para que o leitor consiga situar-se e fazer suas escolhas em meio ao caos atual do excesso de informação”, explicou.
Dentro desta proposta, um personagem central na Estação do Conhecimento serão os info-educadores. Tratam-se de bibliotecários treinados com a missão de orientar o público em suas pesquisas e fazer com que cada um chegue àquilo que realmente deseja por meio da consulta a várias fontes de informação. Outra inovação é o fato de que os dois espaços também vão admitir no futuro textos gerados pelos freqüentadores em seu acervo.
A Estação do Conhecimento José e Guita Mindlin, aberta ao grande público, abriga um acervo de mais de 2.000 títulos de literatura infanto-juvenil, além de jornais, revistas e um acervo variado de músicas e filmes. A Estação Dráuzio Varella terá livros e outras mídias de caráter técnico-escolar, voltados a estudantes dos cursos de enfermagem, museologia e informática do Centro Paula Souza. As visitas podem ser feitas de segunda-feira a sexta-feira, em horário comercial (das 8h às 17h).
A Fundação Volkswagen foi criada em 1979 para canalizar as ações e os investimentos sociais da Volkswagen do Brasil. Por meio do Programa Território Escola, a instituição está presente hoje em 172 municípios brasileiros, nos quais desenvolve uma série de projetos voltados ao aperfeiçoamento da qualidade da educação. Juntos, estes projetos já beneficiaram diretamente cerca de 290 mil crianças e jovens da rede pública de ensino.
Fonte: http://educandoblog.com/sao-paulo-ganha-dois-novos-espacos-de-difusao-do-conhecimento/
terça-feira, 16 de setembro de 2008
palestra DESCOBRINDO A LEITURA
O Goethe-Institut São Paulo e a Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato convidam para a palestra DESCOBRINDO A LEITURA: crianças leitoras em todo o mundo
por Bettina Twrsnick, diretora da Biblioteca Fantástica em Wetzlar e Angela Thamm, diretora do Instituto para Brincadeira e Linguagem em Aachen, Alemanha
A Biblioteca Fantástica apresenta diversos caminhos, idéias e projetos para o incentivo da competência leitora, escrita e falada e o Instituto para Brincadeira e Linguagem é especialista na aplicação da leitura para fins terapêuticos em crianças nas mais diversas situações.
Data e Local: 17 de setembro de 2008 - 4ª feira - 9h00 às 12h00
Local: Biblioteca Monteiro LobatoRua General Jardim 485 – Vila Buarque - São Paulo
Estação República do metrô
Idioma: Alemão com tradução simultânea
Inscrição gratuita - 80 vagas
Inscrição e maiores informações através do emailbiblioteca@saopaulo.goethe.org
ou do telefone (11) 3296-7001, com Ana Teresa ou Bethe. Estacionamentos conveniados: Multipark: R. Major Sertório, 585 Verdes Mares: R. General Jardim, 415 Dinamik Estacionamentos: R. Dr. Cesário Motta Júnior, 494
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Inauguração das Estações do Conhecimento "Drauzio Varella", "Guita e José Mindlin"
Seguem informações sobre a inauguração das Estações do Conhecimento "Drauzio Varella", "Guita e José Mindlin". Estão todos convidados!
Data: 16 de setembro (terça-feira), às 12h30.
Devido a problemas de agenda do Vice-Governador de São Paulo, o evento será realizado às 12h30 do mesmo dia (16/09).
Confirmações de presença pelo telefone (11) 4347-2874 com Thais Souza.
Local: Parque da Juventude (ao lado do metrô Carandiru)
Segue o endereço: Av. Cruzeiro do Sul, 2.630 - Santana - São Paulo - SP (ao lado do Metrô: Estação Carandiru)
Ao chegar, procure no primeiro prédio a entrada para a biblioteca do térreo.
Veja como chegar: http://www.sejel.sp.gov.br/parquedajuventude/comochegar.htm
SÉRGIO VAZ LANÇA "COOPERIFA ANTROPOFAGIA PERIFÉRICA" EM TABOÃO DA SERRA
O Livro é a biografia poética do Poeta Sérgio Vaz e sobre a caminhadada Cooperifa até a realização da Semana de arte moderna da periferia
Em "Cooperifa, antropogafia periférica", Sérgio Vaz, poeta e criadorda Cooperifa conta um pouco da sua trajetória de vinte anos de poesia eagitação cultural, e sobre o sarau da Cooperifa, movimento culturalque congrega centenas de pessoas em torno da poesia, e que tem setransformado em grande foco de resistência na cultura brasileira.
Do primeiro livro em 1988 à produção da Semana de arte modernadaperiferia, está tudo ali, numa pequena viagem nesses vinte anosdecorreria do poeta.O livro é o Sétimo volume da coleção Tramas Urbanas, da Aeroplano Editora."
A Cooperifa é um dos fenômenos culturais mais importantes desses anos 00. Achamos importante registrar como surgiram esses encontros, deonde vem esse poeta revolucionário - que em pleno século XXI refaz nãoapenas o caminho antropofágico da poesia modernista e sua Semana deArte Moderna, mas sobretudo recria agora, dono de sua voz, o grande quilombo da poesia paulista", diz Heloisa Buarque de Hollanda, curadora da coleção Tramas Urbanas, que visa dar voz às diversasmanifestações artísticas e intelectuais das periferias brasileiras.
Local: Auditório da Secretaria de Educação
Rua Elizabeta Lips, 166 Jd. Bom Tempo
Taboão da Serra - Centro
Infs. 72074748
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
terça-feira, 2 de setembro de 2008
A Aventura de conhecer
Começou em 01 de setembro a série A Aventura de conhecer que faz parte do programa Salto para futuro preparado pelo Prof. Edmir Perrotti com a participação de Amanda Leal, Profa. Ivete Pieruccini, Antonia Verdini (Toninha), Silvia Orbeg, Zilda Kessel, além do próprio Prof. Edmir Perrotti.
O programa vai ao ar toda esta semana, das 19:00 às 20:00 na TVE.
Prof. Edmir participará diretamente nesta quinta-feira e a Profa. Ivete na sexta.
Todos os textos que dão apoio aos programas encontram-se no endereço http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2008/aventura/index.htm
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Premiações - "oportunidades à vista! - inscrevam-se!"
29/8/2008
No ano em que se comemoram 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República, lança o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos, que conta com o patrocínio e a execução da Fundação SM.
Até o dia 6 de outubro, instituições públicas e privadas de educação básica e superior e secretarias estaduais e municipais de educação poderão inscrever trabalhos e concorrer em quatro categorias, em um total de R$ 100 mil em prêmios.
Segundo os organizadores, o objetivo do prêmio é “contribuir para a formação de uma cultura que defenda valores, atitudes e práticas sociais que respeitem os direitos dos cidadãos em todos os espaços da sociedade”. Para isso, o prêmio se propõe a identificar, reconhecer e estimular experiências no âmbito da educação que promovam os direitos humanos.
O Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos terá periodicidade bienal, com duração mínima de dez anos. A primeira edição tem quatro categorias: As secretarias de educação na construção da educação em direitos humanos; A educação em direitos humanos na escola; A formação e a pesquisa em educação em direitos humanos; e A educação em direitos humanos na extensão universitária.
Os primeiros colocados em cada categoria ganharam R$ 15 mil, e os segundos, R$ 5 mil.
Mais informações e inscrições: http://www.educacaoemdireitoshumanos.org.br/
Prêmio de Literatura Infantil e Juvenil Barco a Vapor
Para fomentar a leitura é fundamental, além de realizar um trabalho junto aos leitores, incentivar e estimular a produção literária. É com tal propósito que Edições SM promove o Prêmio Barco a Vapor, uma iniciativa que visa valorizar os escritores de literatura Infantil e juvenil.
Iniciativa única e pioneira no mercado editorial brasileiro, este Prêmio será concedido anualmente ao melhor original inédito em língua portuguesa, escolhido por um júri composto de especialistas em literatura infantil e juvenil e escritores de reconhecido prestígio.
Em 2007, o vencedor foi o escritor Flávio Carneiro, com o livro A distância das coisas, que trata de forma direta e ainda assim delicada, a morte dos pais de um menino de 14 anos, que se muda para a casa do tio e precisa conviver com suas perdas. Na primeira edição, em 2005, o prêmio foi para Caio Riter, com O rapaz que não era de Liverpool; na segunda edição, a escolhida foi Glaucia Lewicki, com Era mais uma vez outra vez.
Os livros inscritos, sempre obra inédita e original, devem se encaixar em uma das quatro séries da coleção Barco a Vapor, dividida entre leitor iniciante (6 e 7 anos), em processo (8 e 9 anos), fluente (10 e 11 anos) e crítico (12 e 13 anos). Além da publicação da obra na coleção, o autor recebe R$ 30 mil como adiantamento de direitos autorais. O prêmio se propõe a estimular a produção literária nacional e promover a leitura entre crianças e jovens de 6 a 13 anos.
Na Espanha, país de origem do Grupo SM, o Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil completou 30 anos em 2008. Ele existe em todos os países em que o grupo atua: Brasil, Chile, México, Argentina, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, Peru e Espanha.
O prêmio contribui na composição da coleção Barco a Vapor, que já se tornou a maior do mundo para o público infantil e juvenil: centenas de livros de autores de todo o mundo, com o objetivo de despertar o prazer pela leitura nos jovens leitores ibero-americanos.
O regulamento e prazos (até fevereiro 2009) do Barco a Vapor está disponível no site: http://www.edicoessm.com.br/
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Atividades Gratuitas em São Paulo - Agosto
Vencedor do 4° Prêmio Barco a Vapor
No dia 26 de agosto será conhecido o vencedor do 4° Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil, da Fundação SM, em cerimônia para convidados e imprensa. Mais de 500 escritores concorrem a esta que é uma das mais importantes premiações literárias para inéditos do mundo e a R$ 30 mil. Na ocasião, também serão abertas as inscrições do 5º Prêmio Barco a Vapor, que terminam em fevereiro de 2009.
A cerimônia de entrega, que acontece no SESC Vila Mariana, em São Paulo, faz parte da campanha do Grupo SM O Direito de Ler, e explora como a leitura capacita o ser humano a exercer sua cidadania, compreender o mundo e ser feliz. O evento contará com a participação do pedagogo e escritor Antônio Carlos Gomes da Costa, do grupo de teatro Os Satyros e da cantora Vanessa Bumagny.
Em 2007, o vencedor foi o escritor Flávio Carneiro, com o livro A distância das coisas, que trata de forma direta e ainda assim delicada, a morte dos pais de um menino de 14 anos, que se muda para a casa do tio e precisa conviver com suas perdas. Na primeira edição, em 2005, o prêmio foi para Caio Riter, com O rapaz que não era de Liverpool; na segunda edição, a escolhida foi Glaucia Lewicki, com Era mais uma vez outra vez.
Os livros inscritos, sempre obra inédita e original, devem se encaixar em uma das quatro séries da coleção Barco a Vapor, dividida entre leitor iniciante (6 e 7 anos), em processo (8 e 9 anos), fluente (10 e 11 anos) e crítico (12 e 13 anos). Além da publicação da obra na coleção, o autor recebe R$ 30 mil como adiantamento de direitos autorais. O prêmio se propõe a estimular a produção literária nacional e promover a leitura entre crianças e jovens de 6 a 13 anos.
Na Espanha, país de origem do Grupo SM, o Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil completou 30 anos em 2008. Ele existe em todos os países em que o grupo atua: Brasil, Chile, México, Argentina, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, Peru e Espanha.
O prêmio contribui na composição da coleção Barco a Vapor, que já se tornou a maior do mundo para o público infantil e juvenil: centenas de livros de autores de todo o mundo, com o objetivo de despertar o prazer pela leitura nos jovens leitores ibero-americanos.
Entrega do 4° Prêmio Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil
Data: 26 de agosto, às 19h30
Local: Teatro do SESC Vila Mariana
Rua Pelotas, 141 - São Paulo (SP)
Entrada grátis.
Inscrições pelo telefone (11) 3847-8919
CURSO
O que: O Corpo em Cena - curso de teatro para iniciantesQuando: a partir do dia 7, quintas-feiras, das 9h às 12h Onde: Tendal da Lapa (Rua Guaicurús, 1100 - Lapa. Tel: 3862-1837)
EXPOSIÇÃO
O que: Vernissage - o grafiteiro Paulo Ito expõe quadrinhos em forma de desenhos, pinturas, colagens e fotografiasQuando: até o dia 16, terça a sexta-feira, das 15h às 21h, sábados, das 14h às 19h - Onde: Coletivo Galeria (Rua dos Pinheiros, 493. Pinheiros. Tel: 3596-3247)
MÚSICA
O que: Bumbo na Praça - prática de samba de bumboQuando: todo último sábado do mês, das 16h às 18h - Onde: Praça Aprendiz das Letras (Rua Belmiro Braga, s/nº - Vila Madalena. Tel: 3816-3082)
O que: Espetáculo Musical com Antônio NóbregaQuando: 22 e 23, às 21h e 24, às 18hOnde: SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195. Tel: 3095-9400)PS: Necessário agendamento para grupos
OFICINA
O que: VerSão Paulo - experimentos Líricos que abordam as possibilidades de criação a partir do cotidiano na cidade de São Paulo Quando: 14, 21 e 28, às 14hOnde: Biblioteca Alceu Amoroso Lima (Avenida Henrique Schaumann, 777 - Pinheiros. Tel: 3082-5023)
O que: Oficina de introdução à produção de programas radiofônicosQuando: 15, 22 e 29, das 15h às 17h Onde: SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195. Tel: 3095-9400)PS: Inscrições limitadas
O que: Pintura com AcrílicaQuando: 7, 14, 21 e 28, das 16h às 17h30Onde: SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195. Tel: 3095-9400)PS: Inscrições limitadas
O que: Oficina de produção MusicalQuando: 1, 5, 6, 7 e 8, das 19h30 às 21h30Onde: SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195. Tel: 3095-9400)PS: Inscrições limitadas
PALESTRA
O que: Cinema e TV - a cineasta e VJ da MTV, Marina Person, fala sobre sua carreira e profissão Quando: 21, das 16h às 18hOnde: Escola São Paulo (Rua Augusta, 2239 - Bela Vista. Tel: 3081-0364) PS: Acesso gratuito para estudantes do Ensino Médio e Superior. Retirar ingresso com antecedência na recepção
TEATRO
O que: Sonho de Uma Noite de Verão - texto clássico, em tom de comédia, de William Shakespeare Quando: a partir do dia 14, quintas, sextas e sábados, às 20h, domingos, às 18h Onde: SESI Vila Leopoldina (Rua Carlos Weber, 835 - Vila Leopoldina. Tel: 3833-1046)PS: Retirar ingressos com uma hora de antecedência
Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/slewrodede.mmp
quarta-feira, 30 de julho de 2008
A TROCA
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede, deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia; e de barriga assim toda cheia, me levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que – no meu jeito de ver as coisas – é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas, como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei um dia de alargar a troca: comecei a fabricar tijolo pra – em algum lugar – uma criança juntar com outros, e levantar a casa onde ela vai morar.
(Mensagem de Lygia Bojunga para o Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, traduzida e divulgada nos 64 países membros do IBBY).
Relatório_Encontro de Supervisão Rede PBV, de 30/07/2008
Segue relatório do último encontro de supervisão:
FUNDAÇÃO ABRINQ
PROGRAMA BIBLIOTECA VIVA
RELATÓRIO SUPERVISÃO
30.07.2008
O encontro foi realizado no Instituto Dom Bosco contando com a presença de representantes das seguintes instituições parceiras: Projeto Arrastão, Associação Santa Terezinha, Casa da Passagem, CEI Santo Antonio, Centro de Educação Popular – Casa da Criança, Comunidade Inamar, EMEI Abelardo Pinto, CCNSA – CEI Consolata, CEBASP, Centro Social Parelheiros, Creche Menino Deus, Cristo Rei, Cruz de Malta, EMEI Emílio Carlos, EMEI Fortunato Ricci, Obra Social Santa Clara e São Francisco, Projeto Quixote, Instituto Rogacionista, Voluntária (Elisangela) e Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Este encontro teve início com o Bom dia Rede: informes e apresentação da pauta do dia realizada por Adriana (Instituto Rogacionista). Em seguida a Rosária (Cruz de Malta) realizou a leitura de um texto sobre Sucesso escrito para uma formatura da FAAP pelo publicitário Nizan Guinaes.
As organizações dividiram em dois grupos para compartilhar sobre o andamento dos projetos orientadas pelas seguintes questões:
Houve uma pausa para o café comunitário: muito apreciado por todos!
Logo após houve apresentação dos grupos em plenária onde um membro de cada grupo apresentou os pontos em comum e pontos de destaques. Em geral, os grupos ressaltaram a importância da rede para troca de informações/experiências, bem como o acompanhamento realizado para cada projeto. Houve também o relato do desgaste dos livros e, portanto, a necessidade de diversificar e fortalecer o acervo existente.
As sugestões para o próximo encontro são:
- Cada organização apresentará uma atividade prática/lúdica/dinâmicas para os próximos encontros. Como não houve tempo disponível para que a organização de Parelheiros e EMEI Emílio Carlos apresentassem suas experiências neste encontro, ficou combinado de que estas serão apresentadas na próxima reunião da Rede (dia 10/09).
- Visita monitorada à Biblioteca Monteiro Lobato.
- Compartilhar experiências nos encontros da Rede PBV e no blog. Em caso de dificuldades, foi alertado para procurar Renata e Elis.
- Café comunitário continuará.
- Catalogação e tratamento do acervo - Elis informou que no próximo encontro já teremos agendado um curso em elaboração pelo Colaboratório de Infoeducação-USP, coordenado pelo Prof. Edmir.
Apresentação do programa Mudando a História: realizada por Renata - mais informações no site da Fundação Abrinq
Avisos importantes:
- Até segunda-feira, dia 04/08, as organizações deverão encaminhar para Renata e Elis por e-mail, fax, ou telefone a relação de 10 a 15 títulos de livros que gostariam de receber como doação. Esta é mais uma ação do Citi para complementação dos acervos - não percam esta oportunidade!
O encontro foi finalizado com a leitura de um trecho do livro Tocaia Grande, de Jorge Amado, realizada por Severina, do Instituto Rogacionista e também foi entregue um marcador de livro com trecho do texto A troca, de Lygia Bojunga, na tentativa de que o blog fosse acessado para leitura integral do texto.
Abraços,
Elis e Renata
terça-feira, 15 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Macunaíma para crianças
As atividades acontecerão nos dias 12, 19 e 26 de julho, aos sábados, das 9h30 às 12h.
Informações e inscrições pelo telefone (11) 3091-2399.
As vagas são limitadas.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Entrevista com Michèle Petit, autora do livro "Os jovens e a leitura"
Segue entrevista com Michèle Petit, antropóloga, pesquisadora do Laboratório de Dinâmicas Sociais e Recomposição dos Espaços, do Centre National de la Recherche Scientifique, na França, e com obras traduzidas em vários países da Europa e da América Latina, como Éloge de la lecture: la construction de soi (2002) e Une enfance au pays des livres (2007), entre outros.
No Brasil, seu livro "Os jovens e a leitura" foi publicado recentemente pela editora 34 e também está disponível para empréstimos no CEDOC da Fundação Abrinq.
Michèle Petit estará no Brasil na semana de 14 de Julho de 2008, quando participará de eventos da área de leitura e ação cultural (veja informes abaixo).
Confira algumas das idéias desta importante pesquisadora nesta entrevista gentilmente cedida à Rede Biblioteca Viva:
PBV - Na França, de acordo com as suas pesquisas, em certos bairros populares, a biblioteca é, às vezes, o único lugar onde os jovens encontram seus amigos. Esta é uma função compatível com as outras funções da biblioteca?
Michèle - Sim, para os adolescentes dos bairros populares que entrevistei nos anos 90, as bibliotecas eram com frequência o único lugar onde os jovens se encontravam, onde se reuniam e sentiam que participavam de um conjunto: “a biblioteca, era como um clube”, disse um jovem, por exemplo. Muitos também tinham o desejo de debater sobre assuntos da sociedade.
Evidentemente, estas sociabilidades são frequentemente ruidosas, e afastam outros públicos. Como fazer coexistir num mesmo espaço os que gostam de uma relação íntima com os livros e os que desejam que a biblioteca fosse, sobretudo, um lugar de debates, de sociabilidades, de encontros? Como a jovem que diz: “Quereria ver pessoas que nunca vi e com que poderia discutir assuntos”. Se por um lado é difícil de gerenciar tais situações, por outro esta pluralidade também é uma riqueza.
PBV - Você fala também sobre as redes de sociabilidade em torno da leitura. Poderia nos dizer como se constituem estas redes, quais as dificuldades e os desafios relacionados à sua constituição?
Michèle - Na França, as formas de sociabilidades em torno da leitura fazem-se a maior parte do tempo de maneira informal, mas existem cada vez mais eventos “organizados” onde as pessoas reúnem-se em torno dos livros.
Há cerca de quinze anos, os círculos de leitores multiplicaram-se em muitos países - frequentemente relacionados às bibliotecas. Muitos reúnem mulheres de 40 a 60 anos, classe média (como era o caso, por muito tempo, nos países anglo-saxões). Mas uma parte destes clubes tem pessoas de meios populares. Em especial, na América Latina, surpreendentes experiências literárias compartilhadas desenvolveram-se em regiões com conflitos armados, ou em violência contínua, com deslocações de populações, ou ainda com graves crises econômicas. Crianças, adolescentes e adultos que, até então, viveram muito distante dos livros, reúnem-se em volta de mitos ou lendas, poesias ou álbuns. Através dos livros, resistem à adversidade, e preservam um espaço de sonho, de liberdade, de pensamento. Sentem-se mais próximos um dos outros. Acabo de terminar um livro sobre este assunto, baseado na análise de experiências efetuadas na Argentina, na Colômbia, no México e aqui mesmo, no Brasil.
Um bom número destas formas de sociabilidades é impulsionado por mediadores que estão numa problemática militante. Alguns deles fazem explicitamente referência aos círculos de leitores Paulo Freire ou aos movimentos franceses de educação popular. A leitura compartilhada aparece-lhes como um meio para reunir diferentes pessoas - num tempo onde os partidos não conseguiam - para levar a repressão sobre a palavra e produzir experiências estéticas transformadoras (além de favorecer a apropriação da cultura escrita). Em tais grupos, a literatura não é um instrumento pedagógico, é uma reserva de onde se extrai algo para dar sentido à sua vida, pensá-la e imaginar outros caminhos.
Não se trata de idealizar estas sociabilidades ou de esperar mais do que poderiam dar. Mas uma espécie de rede flexível, ou antes, de movimento, constitui-se mesmo assim, de maneira muito interessante. Naturalmente, a diversidade destas sociabilidades é tal que seria necessário refinar muito a análise a partir de estudos do terreno. Nisto há belos assuntos de investigação!
PBV - Certos jovens reconhecem a importância da leitura, outros preferem a televisão e Internet. Como analisa isto?
Michèle - Não é necessariamente um ou, o outro. Por exemplo, a maior parte dos que puderam apropriar-se realmente da cultura escrita durante a infância (o que é diferente de aprender apenas a decifrar os códigos - letras), passa tranquilamente, sem mesmo dar-se conta da consulta dos seus e-mails, ou sites da Internet à leitura de um livro, da mesma maneira que passam de um filme ou uma série televisa à leitura do jornal, ouvindo ao mesmo tempo um CD, etc.
Mas é verdadeiro que à elevada dose, o uso de Internet e dos jogos de videogames parecem pouco compatíveis com a leitura: na França, uma pesquisa recente entre estudantes mostrou que os que lêem pouco, são também os que jogam várias horas por dia jogos nas telas (o que é uma prática mais masculina). Pelo contrário, os que lêem muito são frequentemente aqueles (e aquelas) cujos pais controlam, ou mesmo que proíbem o tempo que passam com jogos de videogames, ou na Internet.
As telas são “muito viciantes”. Pensam estas novas patologias que observam os reumatologistas, que seja devido ao fato das pessoas ficarem coladas horas ao seu computador, sem mesmo se darem conta que o seu corpo sofre, que estão numa má posição. Não se levanta os olhos de uma tela assim como de um livro.
Mas atenção aos discursos que transformam a leitura de apoio impresso num trabalho penoso para apenas satisfazer os adultos! A questão é tornar sutilmente a leitura desejável! Não se deve dizer: “Você deve ler, é bom para a ortografia, melhor que brincar com seus jogos de videogames, etc.” Além disso, com este tipo de frase, temos todas as possibilidades de impedir que um adolescente se aproxime um dia dos livros…
Desejar apropriar-se dos textos escritos supõe um encontro com alguém, dentro ou fora da família, que tenha a paixão pelos livros e que saiba transmitir esta paixão de maneira viva, calorosa… e não intrusa.
PBV - Atualmente fala-se muito sobre a importância das famílias e, sobretudo, das mães para apoio e estímulo à leitura. Isto é válido também em situações onde as mulheres devem assegurar os meios de subsistência? Além disso, fala-se muito em desenvolver o "gosto pela leitura", ou o "prazer de ler". Você acredita que seja possível ensinar o prazer? Cabe ao Estado e aos serviços públicos interferir na esfera da intimidade?
Michèle - Nenhuma receita garante que uma criança lerá, mas a capacidade de estabelecer um relacionamento afetivo com os livros, emotivo, sensorial e não somente cognitivo, parece decisiva, da mesma maneira que as leituras em voz alta: na França, o peso dos grandes leitores é duas vezes mais importante entre aqueles que mãe contava a cada dia uma história, que entre os que não tiveram a mesma oportunidade. Antes do encontro com o livro, ele dá à voz da mãe, ou às vezes ao pai, ou em certos contextos culturais da avó, ou outra pessoa a quem a criança é confiada, que lê ou conta histórias.
Mas quando a luta para a sobrevivência monopoliza o tempo diário, quando a mãe está fragilizada, deprimida, é pouco apoiada por seus familiares, não está em condições de contar uma história, ou de ler uma (o que nos faz supor que ela pôde apropriar-se de livros), frequentemente esquece as legendas que haviam lhe transmitido em sua própria infância. Ou a linguagem serve apenas à designação imediata das coisas. Deste modo, as crianças não cumprirão uma etapa para integrarem os diferentes registros da língua e se apropriarem um dia realmente da cultura escrita: a etapa onde a literatura, oral ou escrita, inicia a um uso essencial das palavras, vital, “inútil”, mais perto da vivacidade dos sentidos e do prazer compartilhado, o mais distante possível do controlo e da notação.
Felizmente, mediadores culturais podem recriar situações oralmente felizes, permitindo um retrocesso a um tempo onde as palavras são bebidas como leite e mel. Isto é muito difícil de acontecer no espaço da sala de aula, que é o das aprendizagens formais e da notação, da classificação, do controlo - ainda que alguns professores tenham eles mesmos uma grande paixão pela leitura. E a escola não pode tudo: é necessário diversificar os espaços onde possibilidades de encontros são oferecidas às crianças e ao seu ambiente. A transmissão cultural, não é somente uma pergunta escolar. Os bibliotecários, em especial, têm lá um papel essencial neste jogo.
Recordo frequentemente que as bibliotecas não são apenas templos da informação, mas também os conservatórios de sentidos. Qualquer ser humano tem, de maneira vital, necessidade de ter à sua disposição espaços onde possam encontrar mediações imaginárias e simbólicas para pensar a sua vida, dar forma simbolizada às suas emoções, às suas esperanças, às suas revoltas, aos seus temores; para fazer um relato da sua própria história, uma história sempre recomposta, sempre retomada. Somos seres de relatos, das histórias, da narração, não esqueçamos disto. E os jovens que ouvi me fizeram compreender que é muito mais fácil pensar a sua própria história num conjunto se for “povoando-se” de numerosas pequenas histórias das quais se apropriam.
Não se trata que o Estado interfira no que cada um fará com as poesias, os conhecimentos, dos quais se apropriam, mas cada um de nós tem os direitos culturais: o direito à educação, e mais amplamente o direito ao saber e à informação, sobre todas as suas formas, todos os apoios; o direito de acender à sua história, à sua cultura de origem, mas também o direito de construir-se através das palavras que às vezes foram escritas à outra extremidade da terra, ou em outras épocas, e que nos faz aprender muito sobre nós mesmos, às vezes de maneira luminosa.
O que incumbe ao Estado é dar a cada um a possibilidade de exercer os seus direitos, de descobrir outros mundos, de extrair neste tesouro de experiências humanas que são reunidas em livros e outros bem culturais.
* versão original em francês:
PBV - En France, d’après vos recherches, dans certains quartiers populaires, les bibliothèques sont parfois le seul lieu où des jeunes retrouvent leurs amis. Est-ce compatible avec d’autres fonctions de la bibliothèque ?
Michèle - Oui, pour les adolescents des quartiers populaires avec qui j’avais fait des entretiens dans les années 1990, les bibliothèques étaient souvent le seul lieu où se retrouver, où se réunir, où sentir qu’ils participaient d'un ensemble : « la bibliothèque, c’était comme un club », m’a dit par exemple un jeune homme. Beaucoup avaient le désir d’y débattre aussi sur des sujets de société.
Evidemment, ces sociabilités sont souvent bruyantes, et cela éloigne d’autres publics. Comment faire coexister en un même espace ceux qui sont attachés au commerce intime avec le livre, et ceux qui voudraient que la bibliothèque soit avant tout un lieu de débats, de sociabilités, de rencontres, comme cette jeune fille qui dit : « Je voudrais voir des gens que j’ai jamais vus, et avec qui je pourrais discuter sur un sujet » ? Mais si elle est difficile à gérer, cette pluralité est une richesse.
PBV - Plus largement, vous parlez des réseaux de sociabilité autour de la lecture. Pourriez-vous nous dire comment se constituent ces réseaux, et quels sont les enjeux liés à leur constitution?
Michèle - En France, les formes de sociabilités autour de la lecture se font la plupart du temps de façon informelle, mais il existe de plus en plus d’événements « organisés » où des gens se rassemblent autour de livres.
Depuis une quinzaine d’années, des cercles de lecteurs se sont d’ailleurs multipliés dans beaucoup de pays, de part et d’autre de l’Atlantique - souvent en lien avec des bibliothèques. Beaucoup d’entre eux regroupent des femmes de 40 à 60 ans, de classes moyennes (comme c’était le cas, depuis longtemps, dans les pays anglo-saxons). Mais une partie de ces clubs touchent des personnes de milieux populaires. En particulier, en Amérique latine, d’étonnantes expériences littéraires partagées se sont développées, notamment dans des régions confrontées à des conflits armés ou à une violence continue, ou à des déplacements de populations ou à des crises économiques. Des enfants, des adolescents et des adultes qui, jusque-là, avaient vécu très loin des livres, se rassemblent autour de mythes ou de légendes, de poésies ou d’albums. Par ce biais, ils résistent à l’adversité et préservent un espace de rêve, de liberté, de pensée – et ils se sentent plus proches les uns des autres. Je viens de terminer un livre sur ce sujet, fondé sur l’analyse d’expériences menées en Argentine, en Colombie, au Mexique, ici même.
Nombre de ces formes de sociabilités sont impulsées par des médiateurs qui sont dans une problématique militante. Certains d’entre eux font explicitement référence aux cercles de lecteurs de Paulo Freire ou aux mouvements français d’éducation populaire. La lecture partagée leur apparaît comme un moyen de rassembler autrement des gens, en un temps où les partis politiques y échouent, de lever la répression sur la parole et de produire des expériences esthétiques transformatrices (en plus de favoriser l’appropriation de la culture écrite). Dans de tels groupes, la littérature n’est pas un outil pédagogique, c’est une réserve où puiser pour donner sens à sa vie, la penser, imaginer d’autres possibles.
Il ne s’agit pas d’idéaliser ces sociabilités ou d’en attendre plus qu’elles ne pourraient donner. Mais une sorte de réseau souple, ou plutôt de mouvement, se constitue quand même, de façon très intéressante. Bien entendu, la diversité de ces sociabilités est telle qu’il faudrait affiner beaucoup l’analyse à partir d’études de terrain. Il y a là de beaux sujets de recherche !
PBV - Certains jeunes reconnaissent l'importance de la lecture, d’autres préfèrent la télévision et Internet. Comment analysez-vous cela?
Michèle - Ce n’est pas forcément l’un ou l’autre. Par exemple, la plupart de ceux qui ont pu s’approprier réellement la culture écrite dès l’enfance (ce qui est différent d’apprendre à déchiffrer), passent tranquillement, sans même s’en rendre compte, de la consultation de leurs courriers électroniques ou de sites Internet à la lecture d’un livre, tout comme ils passent du visionnage d’un film ou d’une série télé à la lecture du journal, tout en écoutant un CD, etc.
Mais il est vrai qu’à haute dose, l’usage d’Internet et des jeux vidéos semble peu compatible avec la lecture : en France, une enquête récente parmi des collégiens et des lycéens a montré que ceux qui lisent peu sont aussi ceux qui jouent plusieurs heures par jour à des jeux sur écran (ce qui est une pratique plus masculine). A l’inverse, ceux qui lisent beaucoup sont souvent ceux (et celles) dont les parents contrôlent le temps qu’ils passent à jouer à des jeux vidéos ou à aller sur Internet, ou même qui interdisent ces usages.
Les écrans sont très « addictants ». Pensons à ces nouvelles pathologies qu’observent les rhumatologues, dues au fait que les gens sont collés des heures à leur ordinateur, sans même se rendre compte que leur corps souffre, qu’ils sont dans une mauvaise position. On ne lève pas les yeux d’un écran comme d’un livre.
Mais attention aux discours qui transforment la lecture de supports imprimés en une corvée à laquelle il faudrait se soumettre pour satisfaire les adultes ! Ce dont il s’agit, c’est de rendre subtilement la lecture désirable ! Ce n’est pas de dire : « Tu dois lire, c’est bon pour l’orthographe, plutôt que de jouer à tes jeux, etc. » Avec ce type de phrases, on a toutes les chances de dissuader un adolescent de s’approcher un jour des livres…
Avoir envie de s’approprier des textes écrits, cela suppose de rencontrer quelqu’un, à l’intérieur ou à l’extérieur de la famille, qui a lui-même le goût des livres et qui sait transmettre ce goût de façon vivante, chaleureuse… et non intrusive.
PBV - Vous parlez de l'importance des familles, et surtout des mères, pour donner le goût de la lecture. Est-ce vrai aussi dans les situations où les femmes doivent assurer seules les moyens de subsistance ? Par ailleurs, actuellement, on parle beaucoup de développer le "désir de lire" ou "le plaisir de lire". Vous croyez qu’il est possible d’enseigner le plaisir? Est-ce à l'État et aux services publics d’interférer dans la sphère de l'intimité?
Michèle - Aucune recette ne garantit qu’un enfant lira, mais la capacité à établir avec les livres un rapport affectif, émotif, sensoriel, et pas seulement cognitif, semble décisive, tout comme les lectures oralisées : en France, le poids des grands lecteurs est deux fois plus important parmi ceux à qui leur mère a conté chaque jour une histoire que parmi ceux qui n’en ont écoutée aucune. Avant la rencontre avec le livre, il y a la voix de la mère, ou quelquefois du père, ou dans certains contextes culturels de la grand-mère ou d’une autre personne à qui l’enfant est confié, qui lit ou conte des histoires.
Mais quand la lutte pour la survie accapare le temps quotidien, quand la mère est fragilisée ou déprimée, et peu soutenue par ses proches, elle n’est pas en mesure de raconter une histoire, encore moins d’en lire une (ce qui supposerait qu’elle ait pu s’approprier des livres). Elle a même souvent oublié les légendes qu’on lui avait transmises dans sa propre enfance. Ou bien le langage ne sert qu’à la désignation immédiate des choses. Une étape manquera alors aux enfants pour intégrer les différents registres de la langue et s’approprier un jour réellement la culture écrite : celle où la littérature, orale ou écrite, initie à un usage des mots essentiel, vital, « inutile », au plus près de la vivacité des sens et du plaisir partagé, au plus loin du contrôle et de la notation.
Heureusement, des médiateurs culturels peuvent recréer des situations d’oralité heureuse, permettant une retraversée, un détour par ce temps où les mots sont bus comme du lait ou du miel. C’est très difficile dans l’espace de la classe qui est celui des apprentissages et de la notation, du classement, du contrôle – même si quelques enseignants, qui ont eux-mêmes un grand goût pour la lecture, y arrivent. Et l’école ne peut pas tout : il faut diversifier les espaces où des possibilités de faire des rencontres seraient offertes aux enfants et à leur entourage. La transmission culturelle, ce n’est pas seulement une question scolaire. Les bibliothécaires, en particulier, ont là un rôle essentiel à jouer.
Je rappelle souvent que les bibliothèques ne sont pas seulement des temples de l’information, mais aussi des conservatoires de sens. Tout être humain a, de façon vitale, besoin d’avoir à sa disposition des espaces où trouver des médiations fictionnelles et symboliques pour penser sa vie, pour donner forme symbolisée à ses émotions, ses espoirs, ses révoltes, ses craintes ; pour faire le récit de sa propre histoire, une histoire toujours recomposable, toujours à reprendre. Nous sommes des êtres de récits, ne l’oublions pas. Et les jeunes que j’ai écoutés m’ont fait comprendre qu’il est beaucoup plus facile de penser sa propre histoire dans un ensemble si l’on est « peuplé » de nombreuses petites histoires que l’on s’est appropriées.
Il ne s’agit pas que l’Etat se mêle de ce que chacun fera avec les récits, les poésies, les savoirs, dont il s’appropriera. Mais chacun de nous a des droits culturels : le droit à l’éducation, et plus largement le droit au savoir et à l’information, sous toutes ses formes, tous ses supports ; le droit d’accéder à son histoire, sa culture d’origine, mais aussi le droit de se construire à l’aide de mots qui ont parfois été écrits à l’autre bout de la terre, ou dans d’autres époques, et qui nous en apprennent long sur nous-mêmes, quelquefois de façon lumineuse.
Ce qui incombe à l’Etat, c’est de donner à chacun la possibilité d’exercer ses droits, de découvrir d’autres mondes, de puiser dans ce trésor d’expériences humaines qui sont rassemblées dans des livres, et dans d’autres bien culturels.